segunda-feira, 25 de junho de 2007

Passividade mórbida

Para dizer o português claro, o povo brasileiro padece de uma passividade doentia, sim, a passividade do povo é como uma doença crônica, é doentio o conformismo da maioria explorada diante de tanta corrupção, de tanta omissão, de tantos ataques e desrespeito contra direitos do trabalhadores, estudantes, pobres, pretos, crianças, mulheres, por parte dos governantes eleitos, por parte do judiciário, por parte das religiões e por parte dos meios de comunicação de massa que não passam de meios de formação de opinião direcionados de acordo com seus interesses mesquinhos e gananciosos, diante da miséria total causada por essa elite que detém ditatorialmente o poder econômico, político, judicial, religioso e de imprensa. Essa passividade tem cura, mas depende de cada um despertar-se para a realidade. Se cada um passar do conformismo à indignação, da passividade à ação, podemos construir uma outra sociedade, sem exploração.

sábado, 23 de junho de 2007

Estudantes em movimento!

Nossa força só é forte porque junta
uniu [ela sim!] numa reAÇÃO em cadeia
Brasil adentro
a todoa crítica,
a arte,
a poesia de viver
uni-verso: "no universo da cultura,
o centro está em toda parte"
no novo horizonte, horizontalidade
retomar da língua, do poder da torrea política
que se cria, se transforma
muta numa coisa nova
ainda em formação
processo de fazer-se fazendo
e ser sendo..

NAS UNIVERSIDADES REPRESSÃO, NO CONGRESSO SÓ LADRÃO!



Hoje aqui na USP, cerca de 300 estudantes e funcionários organizaram uma passeata em solidariedade aos estudantes da UNESP presos pela tropa de choque há dois dias. Em plenária a maioria decidiu que a manifestação seguiria pelo entorno da USP, voltando em seguida para o prédio da História onde professores realizavam outro ato contra a repressão aos estudantes da UNESP. Nossa surpresa foi que ainda dentro da USP, antes da rotatória do Portão 1, cerca de 30 PMs da tática fechavam a rua, impedindo nossa passagem. Contra os escudos, a manifestação seguiu empunhando uma faixa com os seguintes dizeres: USP – UNESP – UNICAMP: FORA PM! Frente à absurda situação de impedir que os estudantes e funcionários saíssem da USP, a tropa abriu caminho para nossa passagem. A manifestação seguiu pela Alvarenga, Vital Brasil e depois voltou para a USP. Quando passávamos em frente à rotatória do CEPÊ (centro de práticas esportivas), novamente a PM apareceu, dessa vez, em duas viaturas e várias motos. Quando percebemos a PM, a manifestação parou e, em coro, exigimos que a PM saísse do campus. Eles responderam com gás pimenta e ameaçando jogar as viaturas e as motos sobre os manifestantes. Mas os manifestantes resistiram e uma a uma as motos foram recuando sob duras vaias. Após mais esse tumulto causado pela PM, a manifestação seguiu pacificamente.
O propósito dessa manifestação era denunciar o avanço da repressão nas universidades, em especial, a ação da PM na desocupação da diretoria da UNESP de Araraquara. Por duas vezes, dentro do campus, a PM impediu que a manifestação seguisse; primeiro de sair e depois de voltar! Será essa a nova forma de negociação da Reitora? Quem chamou e quem permitiu que a PM entrasse com motos, cacetetes, escudos e gás pimenta no campus para calar estudantes e funcionários? Sob que pretexto? Causar um embate e vilanizar o nosso direito de livre manifestação?
Força à luta dos estudantes de todo o Brasil!
Solidariedade aos ocupantes da UNESP!
Não à repressão!

Ocupação da reitoria da USP termina e estudantes saem vitoriosos

Após 51 dias, estudantes deixam reitoria em clima de vitória Estudantes da USP desocuparam o prédio da Reitoria, no início da noite dessa sexta-feira, 22Da redação• A desocupação foi definida em assembléia geral, realizada na noite anterior, na qual cerca de 80% dos participantes aprovaram a saída. Na manhã seguinte, foi a vez dois servidores da universidade votarem também pela desocupação.A desocupação ocorreu mediante um recuo da reitora, que aceitou as principais reivindicações da ocupação, entre elas a não-punição de estudantes e funcionários envolvidos na atividade; a manutenção de todos os pontos da última contraproposta da reitoria; a realização de um congresso com pauta única (elaboração de uma estatuinte).Na saída, foi realizado um ato político dos estudantes. A euforia e a alegria da vitória estava estampada no rosto de todos. “Nossa luta arrancou essas conquistas. Nesse 51 dias, enfrentamos de tudo, como as ameaças da tropa de choque. Provamos que é possível lutar e vencer” , desse Elen Ruiz, estudante de História. “A reitora assinou o acordo e a ocupação saiu em ato, o clima foi pra cima... isso tudo foi só o começo...”, descreveu Gabriel Casoni, estudante de Ciências Sociais da USP e militante do PSTU no chat realizado no Portal sobre a ocupação.Houve tumulto quando um jornalista tentou entrar a força dentro do prédio, exatamente quando os estudantes deixavam o local. O dito jornalista empurrou alguns estudantes que reagiram e não o deixaram entrar. A lamentável atitude do jornalista exemplifica como a grande imprensa tratou os ocupantes em todos esses 51 dias: com desrespeito, mentiras, manipulações e calúnias.

terça-feira, 19 de junho de 2007

A necessidade de superação do modelo atual do movimento reivindicatório dos trabalhadores

O movimento sindical e associativo dos trabalhadores no Brasil chegou a um momento histórico de ruptura e reconstrução e engana-se quem pensa que a ruptura deve se dar apenas em termos de mudança de mãos, de governistas pró Lula para não governistas. A ruptura necessária é mais complexa e profunda, pois deve se dar também em termos de concepção de modelo sindical por que temos hoje um movimento sindical atrelado ao estado e a partidos políticos oriundo do modelo “permitido” pelo ex-presidente Getúlio Vargas quando da promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas. Esse modelo sindical em que o Estado têm influência quase total, que, para a época de Vargas pareceu ser um avanço para os trabalhadores, trouxe o germe da degradação sindical que temos hoje. Fez generalizar o surgimento de estruturas sindicais voltadas mais para servir à ascensão de sindicalistas à condição de “políticos profissionais e carreiristas” do que propriamente para defender as necessidades dos trabalhadores frente à exploração dos patrões e dos próprios governos. Essa situação provocou também, gradativamente e inevitavelmente o descrédito, a alienação e o afastamento dos trabalhadores de seus sindicatos, permitiu o achatamento do salário mínimo que hoje vale menos de um terço do que valia quando da sua instituição em 1943, permitiu gradativamente, sem resistência, ataques diários do patronato contra os trabalhadores e, pior ainda, dificultou em muito o surgimento de novas lideranças de trabalhadores o que contribuiu ainda mais para que os “oportunistas sindicais” tivessem caminho livre para atingirem seus objetivos estranhos aos trabalhadores que deveria representar: conscientizar, defender e liderar suas lutas. Na categoria bancária, o exemplo está nos sindicatos, nas associações, federações e confederações, Cutistas ou não, que hoje tomam suas decisões sem consultar a base bancária em assembléias, por medo de serem atropelados e verem suas manobras políticas prejudicadas por essa base que hoje se sente traída. Cabe aos trabalhadores promover essa ruptura e refundar o novo movimento sindical que se faz necessário, com democracia, autonomia, independência, honestidade, transparência e realmente combativo e intransigente na defesa dos trabalhadores.

ARTICULISTA TENDENCIOSO

O artigo do articulista Clovis Rossi da “Folha” em 19/06/07, ao afirmar com nítida satisfação que, o grande “derrotado” na guerra fria foi o socialismo, não se dá conta de que a grande derrotada foi a humanidade que, com a queda dos pseudo-socialismos dos países do leste europeu viu protelada a possibilidade de se instituir uma sociedade mais justa e que a vitória do capitalismo significa a derrota de toda a humanidade.

FORTALECIMENTO DA GREVE NO INCRA E NO IBAMA

Como era de se esperar, a greve dos funcionários do INCRA e do IBAMA cresceu e se fortaleceu após a decisão de Lula de cortar o ponto dos funcionários em greve, contrariamente ao que esperava o governo federal. Isso é mais uma prova de que, quanto maior for a repressão ao direito de greve maior será a indignação dos trabalhadores e maior será a solidariedade dos colegas e setores que não tenham aderido à greve num primeiro momento.

TRUCULENCIA DA REITORA

A recusa da reitora em negociar com os estudantes da USP só reforça a tese de que o que impera na nossa pseudo-democracia é o autoritarismo e não a autoridade, é a ditadura de uma minoria de pretensiosas autoridades sobre uma maioria de “súditos” sem direitos. Está mais do que provado que só poderemos falar que só existirá democracia no Brasil depois que a nossa própria pretensa democracia for democratizada.

MENTIRA DITA AO EXCESSO ACABA POR SE TORNAR PSEUDO VERDADE

É impressionante a facilidade que nossos políticos têm de se corromperem e o descaramento em proteger-se uns aos outros quando são desmascarados. Parece até proposital que criem uma sucessão de fatos escandalosos a partir do momento que um só ato de corrupção é descoberto por dois motivos: para turvar e confundir a discussão sobre o foco que realmente interessa e para transcender as fronteiras do errado até o ponto de se transformar o ato mais ignominioso em uma simples fraqueza humana.

sábado, 16 de junho de 2007

Viva e se reproduza o movimento espontâneo de estudantes e trabalhadores

Não se poderia esperar outra posição do DCE da USP
Mauro Rodrigues de Aguiar 15/06/2007 21:10 mraguiar63@ig.com.br
Hoje, com quase a totalidade dos DCE(s), bem como dos sindicatos e associações (que deveriam ser de defesa das necessidades dos estudantes e trabalhadores) nas mãos de uma "elite" política presa umbilicalmente aos governos e patrões, não se poderia esperar uma posição menos pelega. A salvação do movimento popular está na construção de um novo modelo de direção por fora das instituições viciadas e impregnadas do modelo subserviente e conivente com os desmandos dos "donos do poder". Nesse sentido, o movimento estudantil brasileiro que ora resurge com a ocupação da reitoria da USP está no caminho certo. Abaixo a pseudo democracia. Viva a democracia direta, sem a ingerência de partidos, DCE(s) ou qualquer outra entidade que pretenda se utilizar dos movimentos espontâneos dos estudantes e trabalhadores para, em conseguindo assumir a liderança dos mesmos, perpetuar o modelo que temos hoje, carcomido pelo atrelamento ao poder constituído e pela falta de democracia que temos hoje no interior dessas entidades.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Quando um dia

Quando um dia a raça humana
Toda for comunista
O mundo será melhor
Sem o individualismo capitalista.

Amor será o bem maior
Valor terá o sentimento
O homem não será de outro homem
Motivo de sofrimento

Lula manda cortar ponto dos servidores em greve

15 06 07


Para a maioria das pessoas (por pura ingenuidade ou ignorância política) uma manchete como esta que foi publicada hoje na Folha de São Paulo seria inimaginável. Poucos, mais politizados, menos incautos previram que isso seria possível quando Lula chegasse ao poder. Porem, agora está dado e escancarado a todos, Lula mandou descontar dos salários dos grevistas dos serviços públicos os dias que permanecerem em greve. Como se a culpa pela greve fosse dos grevistas, como se o próprio Lula não tivesse chegado onde chegou graças às greves e manifestações que incitou quando não era presidente, quando era empregado e não patrão. Agora que é presidente da república tornou-se anti grevista, optou por governar para os patrões, não passa de um administrador do sistema capitalista no Brasil e de um feitor do governo norte americano que por sua vez tem a ânsia de subjugar todos os povos do mundo e violentar a soberania de qualquer país que ouse contrariar seus interesses megalomaníacos.

Horrendo crime praticado em nome da “liberdade de imprensa”

15/06/07
Por: Mauro Aguiar

Para iniciar esse texto curto mas suficiente para que o leitor possa iniciar uma refelexão, gostaria de dizer que é uma aberração a defesa da liberdade de imprensa que só atende a uma elite com altíssimo poder econômico e de fazer lóbi junto a políticos. Defendo, portanto a liberdade de expressão, mas não a liberdade de imprensa; salientando que em nenhum dos dois casos defendo a liberdade se não houver responsabilidade e respeito para com a formação moral e cultural da sociedade, portanto, mesmo a liberdade de expressão só é defensável se vier acompanhada de verdadeiro compromisso humano e social.

Agora vou partir para o assunto que realmente me inspiro nesse momento a tratar neste texto e, quem tiver criança em casa saberá identificar exatamente o problema que colocarei.

As propagandas de brinquedos passadas na televisão, aos olhos dos que defendem o socialismo, são verdadeiros atos criminosos cometidos contra indefesas crianças, mas não o são assim considerados para a sociedade capitalista porque é tudo feito em nome do “Deus Mercado”, em nome da reprodução do excludente e desumano sistema capitalista que endemonia os que defendem o sistema socialista que seria um sistema mais justo para a sociedade.

O que pode um trabalhador pobre ou desempregado fazer para minorar sua dor quando um filho pequeno lhe pede um brinquedo que é divulgado na televisão? Como pode esse pobre trabalhador justificar para a inocente criança que seu dinheiro não é suficiente para comprar o tal brinquedo quando até mesmo para comprar um alimento básico ou um remédio para curar a pequena criança de uma febre seus recursos são escassos.

Fora às tropas brasileiras do Haiti

Ocupação militar completa 3 anos



Desde 1 de junho de 2004, o Haiti está sob a ocupação militar de tropas da ONU, encabeçadas pelo exército brasileiro. Longe de cumprir um papel humanitário, a presença das tropas de ocupação da ONU é a expressão da dominação imperialista que sofrem os povos da América Latina.
Os três anos de ocupação militar no Haiti representam uma intervenção que fere a soberania do seu povo. O imperialismo quer explorar ainda mais o país e transformá-lo numa base de exportação dos produtos das grandes empresas multinacionais.
A movimentação do exército brasileiro para invadir o Haiti é a maior desde a segunda guerra mundial. São 1200 efetivos entre soldados e fuzileiros navais, que junto com tropas do Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile, mantêm o território haitiano ocupado.
Diante de tudo isso, os trabalhadores e o povo haitiano estão resistindo contra a presença das tropas. Este ano realizaram uma manifestação com milhares de pessoas, na capital Porto Príncipe, pela retirada imediata das tropas da ONU do país.
Para se somar a essa mobilização, a Conlutas enviará no dia 26 de junho uma delegação de ativistas e entidades que visitará o Haiti, para prestar solidariedade aos trabalhadores haitianos e aumentar a pressão pela retirada das tropas brasileiras.A juventude e os trabalhadores brasileiros tem que entrar nessa luta!
- Que Lula retire imediatamente as tropas brasileiras do Haiti
- Todo apoio a luta do povo haitiano por sua autodeterminação.

Noticia do Granma

Ataques efetivos da resistência iraquiana

BAGDÁ — A resistência iraquiana destruiu, na quarta-feira, 13, uma ponte que une as cidades Tikrit e Kirkuk, no norte do país, sendo o quinto ataque a esse tipo de infra-estrutura nos últimos quatro dias e obstaculizando os translados e operações das tropas estrangeiras e o exército iraquiano, informou a ANSA. Os insurgentes colocaram explosivos debaixo da ponte de Zagitun, situada na província de Salah ad-Din, que é considerada uma passagem importante de uma centena de metros de comprimento. As detonações causaram graves danos, além de interromper o tráfego de pessoas e veículos.

terça-feira, 12 de junho de 2007

O que fizeram com meu povo?

Onde está o senso crítico da sociedade
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

“Uma sociedade que perde seu senso crítico, perde a capacidade de lutar e o mundo perde a perspectiva de um dia se tornar menos injusto, e parece que a classe dominante da sociedade, com seus poderosos aparatos de comunicação de massa já descobriram isso”.

Quando vemos, estampado nos jornais, que uma multidão de três milhões de pessoas se prestam a participar de uma marcha em nome de uma religião cujo casal de líderes estão implicados em crimes financeiros, demonstrando sua adoração mais pelo dinheiro do que pelas questões espirituais que dizem acreditar, com o intuito claro de explorar a fé religiosa de seus seguidores em proveito próprio.

Quando vemos que três milhões participaram de uma passeata de GLBT completamente cooptada pelo sistema capitalista, com objetivos e reivindicações completamente diferentes das que fizeram parte das primeiras dessas passeatas a 11 anos atrás.

Quando vemos que, na Venezuela, milhares de venezuelanos se prestam a protestar contra seu governo por ter este deixado de renovar a concessão de uma rede de televisão com um vasto currículo de crimes contra a própria sociedade venezuelana, aproveitando o enorme poder de comunicação e manipulação de massa de uma concessão que é pública.

Quando vemos que, enquanto valorosos estudantes, professores e funcionários, depois de quatro longos meses de tentativas de diálogo com o governo e com a reitoria da USP sem sucesso sobre o caráter autoritário e excludente dos decretos do governador Jose Serra decidem organizar uma ocupação da reitoria, única alternativa deixada pelos donos do poder para que o diálogo pudesse ser aberto, outros estudantes, professores e funcionários, iguais em tese aos rebelados, se prestam a participar de um movimento contrário aos métodos dos colegas ocupantes sem apontarem outro método alternativo.

Quando todos sabemos que o capitalismo neoliberal faz concentrar cada vez mais a riqueza produzida pelos pobres nas mãos de poucos ricos enquanto entre os trabalhadores que produzem essa riqueza aumenta a fome e a miséria e ainda assim, poucos se dispõem a lutar contra essa injustiça enquanto a maioria dos explorados permanece inerte, passiva e pacífica contribuindo assim para perpetuar e agravar essas injustiças e aprofundar a degradação do ser humano e da natureza.

Quando trabalhamos para produzir a riqueza do estado e do patrão para que estes tenham cada vez mais poder de dominação sobre nós mesmos, quando nos matamos de trabalhar para fortalecer nossos opressores e repressores e, ainda assim, apenas uma minoria se rebela por saber que essa realidade não é imutável, é chegada a hora de a maioria ainda inerte procurar reencontrar seu senso crítico que se perdeu num passado distante, questionar-se sobre seu senso de justiça e sobre sua capacidade e necessidade de lutar coletivamente para mudar a nossa realidade.

Liberdade de imprensa ou ditadura da imprensa

Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Vejo, estarrecido, a completa inversão de valores que a sociedade vive em nossos dias, causada em grande medida pela ditadura dos meios de comunicação de massa, deformadores e não formadores de opinião. Quando alguém como Hugo Chaves tem a coragem que a maioria dos presidentes não tem, de cumprir com sua obrigação de chefe de estado de enfrentar o poderio dos grandes aparatos de comunicação de massa no sentido de preservar a liberdade de pensamento da população de seu país, vê-se atacado por todo o aparato de comunicação mundial e seus puxa-sacos instalados em todas as instâncias dos governos de seus respectivos países. Se for para defender o direito de imprensa ou de expressão, que se discuta profundamente em todos os seus aspectos. Aos menos avisados basta se perguntar que interesses defendem todos os meios de comunicação que hoje se prestam a apenas atacar a decisão legítima de Hugo Chaves de não renovar a concessão à criminosa RCTV ou a qualquer outra concessionária de serviço público que não cumprem com suas obrigações previstas nos contratos de concessão. Não há o mínimo resquício de ditadura nos atos do governo venezuelano.

Ditadura é uma minoria mandar na maioria, ditadura é o meio de comunicação de massa, com todo seu poder de manipular informação determinar o que a maioria deve pensar, deve vestir, deve querer, deve usar, deve comer, deve beber, em quem deve votar. Ditadura é o meio de comunicação de massa exercer todo esse poder capaz de convencer a massa do contrário do que ele realmente defende, é usar todo esse poder para perpetuar-se no poder, isso é ditadura, isso sim fere a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de escolha, fere todos os princípios dos direitos humanos. Ditadura é essa minoria usar esse estrondoso poder para determinar o que a maioria deve ou não saber, as versões dos fatos que a população deve ou não receber. Ditadura é distorcer e omitir informações que são cruciais a formação imparcial da opinião pública. Ditatorial é o ato inconstitucional, é usar com má fé a concessão de um serviço público para envenenar as mentes, é transmitir à população apenas um lado da história, é não mostrar também os motivos, mas apenas as causas dos fatos, é emburrecer e embrutecer propositalmente a população, é usar todo seu poder de persuasão sobre a população para que ela defenda propostas contra elas mesmas para dar uma falsa idéia de vontade popular, é fazer da população massa de manobra para dar golpes de estado e reinstalar governos verdadeiramente ditatoriais que favoreçam apenas a interesses mesquinhos de uma minoria, abastada, gananciosa, pretensiosa e egoísta da sociedade. Diante de tanta informação distorcida, diante de tanta inverdade, diante de tanta manipulação da opinião pública, diante de tantas tentativas de inverter valores morais e ideológicos, não só a RCTV, mas também a Rede Globo no Brasil e qualquer outra concessionária de serviço público deveria ser intimada pelos governos a cumprir com suas obrigações morais e constitucionais sob pena de lhes serem retiradas as concessões e substituídas por quem respeite a maioria é não uma minoria de abastados preocupados apenas em manter seus privilégios e sua ditadura sobre a maioria mais pobre da população.

Vale divulgar aqui as informações que são essenciais para uma formação imparcial da opinião pública, mas que, a nossa antidemocrática imprensa, por má fé contra a maioria das populações não divulga sobre o fato histórico do momento: a não renovação da concessão determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela à RCTV, principal rede nacional de televisão privada daquele país: A justiça da Venezuela já em 2002 tinha todas as razões legais do mundo para revogar a concessão da RCTV quando essa TV participou ativamente no Golpe de Estado que destituiu pela força o presidente Hugo Chaves que foi eleito em 1997, reeleito em 2002, referendado pela maioria do povo venezuelano em 2004 e novamente reeleito em 2007. Vale informar também que no golpe de estado de 2002, as forças golpistas, financiadas pela CIA, cortaram o sinal da TV estatal e empossaram um presidente cujo primeiro ato foi revogar todos os direitos constitucionais da população pobre que antes de Hugo Chaves não haviam e que a restituição de Hugo Chaves ao poder após dois dias seqüestrado pelos golpistas, só aconteceu porque militares leais a ele o resgataram após grande pressão popular em que treze pessoas foram assassinadas pelas forças golpistas. Com o corte do sinal da TV estatal a população só soube o que estava acontecendo por noticiários de TVs estrangeiras, captados por TV a cabo. Vale informar também que o dossiê de denúncias por parte da população por irregularidades na programação da RCTV é enorme e vem desde a sua primeira concessão.

A pergunta não é como será, mas como faremos

“Não devemos nos perguntar COMO SERÁ o mundo em que viverão nossos filhos e netos, mas sim, COMO FAREMOS um mundo melhor para nossos filhos e netos”.

A primeira pergunta nos leva a uma alienação do nosso papel na sociedade, reafirma para o nosso subconsciente que a história não depende das ações humanas, faz parecer que a realidade atual é imutável e que nada podemos fazer para que, no futuro, no mundo não haja a cultura da exploração do homem pelo homem, já assimilada por cada um de nós e arraigada na sociedade atual.

A segunda pergunta nos faz absorver a idéia de que podemos fazer algo para melhorar as relações humanas, que somos os sujeitos e senhores das mudanças históricas, que nada é imutável, que a história depende dos homens e não o contrário e, principalmente que, para o homem produzir, sobreviver e ser feliz, não é necessário destruir a natureza e o próprio homem.

O modelo social atual não é o que queremos para o futuro mesmo porque não haverá futuro, num futuro muito próximo, se não nos conscientizarmos com urgência que precisamos mudar - essa é a primeira convicção que temos que formar em nós mesmos, primeiramente, e depois irradiarmos para o maior número possível de pessoas a começar por aquelas que são do nosso círculo mais próximo de amigos.

Desmentindo a elite reacionária

REESTABELECENDO A VERDADE – 12/06/07
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Por mais ingênua que seja uma pessoa, não há a menor possibilidade de não perceber o exagero e a tendenciosidade do noticiário e das mensagens subliminares (maliciosas) embutidas nas entrelinhas dos jornais e até nas novelas da televisão que “invadem” nossas casas todos os dias a respeito da não renovação da concessão hertziana à RCTV na Venezuela, numa clara campanha golpista de uma MINORIA, mas, rica e poderosa parcela da população venezuelana, inconformada em perder os privilégios que sempre tiveram com os governos anteriores, contra o presidente da Venezuela Hugo Chaves, só porque ele faz um governo favorável à maioria da população que sempre foi explorada naquele país.

Primeiramente, nenhum país e nenhum meio de comunicação tem o direito de intervir em decisões que dizem respeito à soberania de outro país.

Em segundo lugar, nenhum meio de comunicação de massa tem o direito de insuflar a população de seu próprio país ou de outros países a apoiar golpes de estado contra governos eleitos democraticamente.

Em terceiro lugar, nenhuma concessão governamental à iniciativa privada deve ter caráter perpétuo e, a meu ver, toda concessão deve prever sua revogação a qualquer momento. Notem que, na Venezuela a lei só permite a renovação ou não de uma concessão dos sinais hertezianos na data de encerramento da concessão; foi o que aconteceu com a RCTV. No Brasil essa concessão pode ser revogada a qualquer momento e sem comunicação prévia como foi feito na Venezuela. Ou seja, a Venezuela é mais democrática do que o Brasil.

Em quarto lugar, o famigerado “Direito de Expressão ou de Imprensa” não pode suplantar o direito da população a uma informação imparcial e de qualidade.

Em sexto lugar, quem menos pode falar que o governo venezuelano é antidemocrático são os meios de comunicação de massa que hoje detém noventa e nove por cento das concessões operadas pela iniciativa privada naquele país, sobrando apenas um por cento para o governo. Se há falta de democracia é no excesso de concessões à iniciativa privada, principalmente em se tratando de meios de formação de opinião que acabam adquirindo um superpoder capaz de “teleguiar pessoas”, destruir culturas e desestabilizar governos.

O encerramento da RCTV terá atingido objetivos além do que se esperava se toda a polêmica gerada no mundo todo levar à criação de leis menos condescendentes do que as atuais com empresas de comunicação de massa que utilizam com má fé os sinais hertezianos que lhe são concedidos como direito de uso. Mais uma vez, a Venezuela contribui imensamente ao se colocar como modelo e exemplo para um mundo melhor no futuro.