segunda-feira, 30 de julho de 2007

BANCARIOS PÚBLICOS REJEITAM MESA ÚNICA DA FENABAN

RESULTADO DO PLEBISCITO SOBRE A MESA ÚNICA REALIZADO EM DEZ AGÊNCIAS CEF E BB DE MOGI DAS CRUZES E BIRITIBA MIRIM ENTRE OS DIAS 24 E 27 DE JULHO/07

TOTAL GERAL
TOTAL DE VOTOS: 132 VOTANTES
VOTOS SIM: 29 VOTOS 21,97%
VOTOS NÃO: 103 VOTOS 78,03%
VOTOS NULOS: 00 VOTOS

O canto da sereia

Como era de se esperar, a mesma ladainha se repete. Como nos anos anteriores, a Conferência Nacional dos Bancários se deu sem nenhuma democracia. Nem podemos chamar de Conferência Nacional dos Bancários, mas sim de Conferência Nacional da Cúpula Sindical Governista. Primeiramente eles boicotam a participação dos bancários de base nas assembléias locais e encontros estaduais para eleição de delegados que participarão da conferência nacional, depois realizam a conferência nacional e decidem o que lhes convém e então divulgam seus boletins dizendo que os bancários decidiram a pauta de reivindicações e as estratégias da campanha salarial.
Bancários de base, não se deixem enganar pelo canto da sereia.
O bancário de base não quer que seu reajuste salarial seja negociado na famigerada Mesa Única da Fenaban; o bancário de base não quer que seu reajuste salarial seja calculado apenas com base no último período, mas sim, que sejam, no mínimo, repostas todas as perdas acumuladas com o plano real; o bancário de base não quer uma comissão de negociação que não tenha bancários de base eleitos em assembléias; o bancário de base não quer ser massa de manobra nas mãos de sindicalistas político-carreiristas; o bancário de base quer lutar, mas não sente nenhuma confiança nos que estão decidindo e negociando em nome dele.

Liberdade de imprensa ou ditadura da imprensa?

Vejo, estarrecido, a completa inversão de valores que a sociedade vive em nossos dias, causada em grande medida pela ditadura dos meios de comunicação de massa, deformadores e não formadores de opinião.

Quando alguém como Hugo Chaves tem a coragem que a maioria dos presidentes não tem, de cumprir com sua obrigação de chefe de estado de enfrentar o poderio dos grandes aparatos de comunicação de massa no sentido de preservar a liberdade de pensamento da população de seu país, vê-se atacado por todo o aparato de comunicação mundial e seus puxa-sacos instalados em todas as instâncias dos governos de seus respectivos países.

Se for para defender o direito de imprensa ou de expressão, que se discuta profundamente em todos os seus aspectos.

Aos menos avisados basta se perguntar que interesses defendem todos os meios de comunicação que hoje se prestam a apenas atacar a decisão legítima de Hugo Chaves de não renovar a concessão à criminosa RCTV ou a qualquer outra concessionária de serviço público que não cumprem com suas obrigações previstas nos contratos de concessão.

Não há o mínimo resquício de ditadura nos atos do governo venezuelano. Ditadura é uma minoria mandar na maioria, ditadura é o meio de comunicação de massa, com todo seu poder de manipular informação determinar o que a maioria deve pensar, deve vestir, deve querer, deve usar, deve comer, deve beber, em quem deve votar. Ditadura é o meio de comunicação de massa exercer todo esse poder capaz de convencer a massa do contrário do que ele realmente defende, é usar todo esse poder para perpetuar-se no poder, isso é ditadura, isso sim fere a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de escolha, fere todos os princípios dos direitos humanos. Ditadura é essa minoria usar esse estrondoso poder para determinar o que a maioria deve ou não saber, as versões dos fatos que a população deve ou não receber. Ditadura é distorcer e omitir informações que são cruciais a formação imparcial da opinião pública. Ditatorial é o ato inconstitucional, é usar com má fé a concessão de um serviço público para envenenar as mentes, é transmitir à população apenas um lado da história, é não mostrar também os motivos, mas apenas as causas dos fatos, é emburrecer e embrutecer propositalmente a população, é usar todo seu poder de persuasão sobre a população para que ela defenda propostas contra elas mesmas para dar uma falsa idéia de vontade popular, é fazer da população massa de manobra para dar golpes de estado e reinstalar governos verdadeiramente ditatoriais que favoreçam apenas a interesses mesquinhos de uma minoria, abastada, gananciosa, pretensiosa e egoísta da sociedade.

Diante de tanta informação distorcida, diante de tanta inverdade, diante de tanta manipulação da opinião pública, diante de tantas tentativas de inverter valores morais e ideológicos, não só a RCTV, mas também a Rede Globo no Brasil e qualquer outra concessionária de serviço público deveria ser intimada pelos governos a cumprir com suas obrigações morais e constitucionais sob pena de lhes serem retiradas as concessões e substituídas por quem respeite a maioria é não uma minoria de abastados preocupados apenas em manter seus privilégios e sua ditadura sobre a maioria mais pobre da população.

Vale divulgar aqui as informações que são essenciais para uma formação imparcial da opinião pública, mas que, a nossa antidemocrática imprensa, por má fé contra a maioria das populações não divulga sobre o fato histórico do momento: a não renovação da concessão determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela à RCTV, principal rede nacional de televisão privada daquele país: A justiça da Venezuela já em 2002 tinha todas as razões legais do mundo para revogar a concessão da RCTV quando essa TV participou ativamente no Golpe de Estado que destituiu pela força o presidente Hugo Chaves que foi eleito em 1997, reeleito em 2002, referendado pela maioria do povo venezuelano em 2004 e novamente reeleito em 2007. Vale informar também que no golpe de estado de 2002, as forças golpistas, financiadas pela CIA, cortaram o sinal da TV estatal e empossaram um presidente cujo primeiro ato foi revogar todos os direitos constitucionais da população pobre que antes de Hugo Chaves não haviam e que a restituição de Hugo Chaves ao poder após dois dias seqüestrado pelos golpistas, só aconteceu porque militares leais a ele o resgataram após grande pressão popular em que treze pessoas foram assassinadas pelas forças golpistas.

Com o corte do sinal da TV estatal a população só soube o que estava acontecendo por noticiários de TVs estrangeiras, captados por TV a cabo. Vale informar também que o dossiê de denúncias por parte da população por irregularidades na programação da RCTV é enorme e vem desde a sua primeira concessão.

A quem e por que interessa sabotar a verdade dos fatos?

REESTABELECENDO A VERDADE - DESMENTINDO A ELITE REACIONÁRIA
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Por mais ingênua que seja uma pessoa, não há a menor possibilidade de não perceber o exagero e a tendenciosidade do noticiário e das mensagens subliminares (maliciosas) embutidas nas entrelinhas dos jornais e até nas novelas da televisão que “invadem” nossas casas todos os dias a respeito da não renovação da concessão hertziana à RCTV na Venezuela, numa clara campanha golpista de uma MINORIA, mas, rica e poderosa parcela da população venezuelana, inconformada em perder os privilégios que sempre tiveram com os governos anteriores, contra o presidente da Venezuela Hugo Chaves, só porque ele faz um governo favorável à maioria da população que sempre foi explorada naquele país.

Primeiramente, nenhum país e nenhum meio de comunicação tem o direito de intervir em decisões que dizem respeito à soberania de outro país.

Em segundo lugar, nenhum meio de comunicação de massa tem o direito de insuflar a população de seu próprio país ou de outros países a apoiar golpes de estado contra governos eleitos democraticamente.

Em terceiro lugar, nenhuma concessão governamental à iniciativa privada deve ter caráter perpétuo e, a meu ver, toda concessão deve prever sua revogação a qualquer momento.

Notem que, na Venezuela a lei só permite a renovação ou não de uma concessão dos sinais hertezianos na data de encerramento da concessão; foi o que aconteceu com a RCTV. No Brasil essa concessão pode ser revogada a qualquer momento e sem comunicação prévia como foi feito na Venezuela. Ou seja, a Venezuela é mais democrática do que o Brasil.

Em quarto lugar, o famigerado “Direito de Expressão ou de Imprensa” não pode suplantar o direito da população a uma informação imparcial e de qualidade.

Em sexto lugar, quem menos pode falar que o governo venezuelano é antidemocrático são os meios de comunicação de massa que hoje detém noventa e nove por cento das concessões operadas pela iniciativa privada naquele país, sobrando apenas um por cento para o governo.

Se há falta de democracia é no excesso de concessões à iniciativa privada, principalmente em se tratando de meios de formação de opinião que acabam adquirindo um superpoder capaz de “teleguiar pessoas”, destruir culturas e desestabilizar governos.

O encerramento da RCTV terá atingido objetivos além do que se esperava se toda a polêmica gerada no mundo todo levar à criação de leis menos condescendentes do que as atuais com empresas de comunicação de massa que utilizam com má fé os sinais hertezianos que lhe são concedidos como direito de uso.

Mais uma vez, a Venezuela contribui imensamente ao se colocar como modelo e exemplo para um mundo melhor no futuro

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Paz?! Que paz?

“A paz é apenas aparente na sociedade capitalista. Vivemos uma guerra de fato, porém dissimulada, dos ricos contra os pobres, cujo lado pobre, a maioria, sequer imagina que é diariamente massacrado”.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Polítca é para o povo, sim!

Política é para o povo, sim!

A mentalidade oficial sugere, pela voz dos meios de comunicação de massa, que o povo não deve fazer política e que, fazer política é só para os políticos. A disseminação dessa falsa mentalidade só interessa a quem tem o poder nas mãos, mas não quer dividi-lo com o povo; a quem está por cima no sistema capitalista e assim quer continuar sem que seja incomodado pelo enorme contingente de desfavorecidos dessa sociedade injusta. Injusta, por ser capitalista.

Da mesma forma, a mentalidade oficial sugere, por meio dos mesmos veículos de comunicação de massa, que vivemos numa democracia, quando, na realidade, vivemos uma ditadura dos ricos contra os pobres, ou seja, de uma minoria que detém o poder estatal, econômico e de comunicação de massa contra uma maioria que tem apenas e tão somente sua força de trabalho para vender aos ditadores ao preço que eles decidirem pagar. Portanto, essa falsa mentalidade de que vivemos numa sociedade democrática também só interessa aos que tem o poder nas mãos.

Disseminam também que todos somos iguais perante a lei; mas, aí eu pergunto: quem faz as leis? E, eu mesmo respondo: são os mesmos que usam o poder que tem para dar tudo aos amigos e “o rigor da lei” para os outros.

Ameaçam, aterrorizam, intimidam, punem, reprimem as atividades políticas do povo. Disseminam que as únicas atividades políticas possíveis para o povo são, protestar pacificamente e votar, como se apenas nisso se resumisse a democracia, pois sabem que protestos pacíficos e voto não ameaçam a ordem social imposta que sustenta sua ditadura sobre os despossuidos.

Mas, todo esse estado de coisas só é possível porque o enorme contingente de desfavorecidos, sem teto, sem terra, sem escolas, sem saúde, sem justiça, sem política tomam por verdades essas falsas mentalidades oficiais de que o povo não deve participar da política; de que, política é coisa para políticos e ao povo cabe apenas resignar-se; de que os trabalhadores não devem fazer greves, os estudantes não devem ocupar reitorias, e de que os excluídos não devem ocupar terras.

Mortos estão os que acreditam ser possível estar vivos e não fazer política. Quem se cala diante da barbárie capitalista e de suas tantas falsas mentalidades oficiais disseminadas, já está a fazer política, porém é a política do opressor que fazem ao se calarem. Muitos vão além, não se calam, mas tudo que falam é para criticar ou tentar desmotivar os que lutam por todos os oprimidos contra as falsas mentalidades oficiais, ou seja, fazem política ativa contra si mesmos e contra a humanidade.

Pois bem. No exercito de desfavorecidos mudos e distantes da política que a mentalidade oficial sugere, pela voz da imprensa capitalista, muitos preferem permanecer no conforto que suas posições lhes proporcionam; são os que não se solidarizam com colegas que optam por passar da resignação à indignação e da indignação à ação; são os que ainda não perceberam que é impossível estar vivos e não fazer política e que a omissão é, sim, uma atitude política, mas conveniente apenas para quem tem o poder nas mãos; são os que querem tapar o sol com a peneira, fingem não notar as enormes injustiças de um sistema que incita o “ter” mas não permite que todos “tenham”, são aqueles que perderam a capacidade de se indignar com os desmandos dos poderosos que usam o estado para dar tudo aos amigos e “a lei” para os outros.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Laudos trazem indícios de tortura

Perícia realizada pelo IML aponta que ao menos dez dos 19 mortos em operação policial no Rio tinham ferimentos e escoriações

Vítimas receberam 78 tiros no total, 32 deles disparados por trás, o que representa 41,02%; adolescente de 15 anos levou nove disparos

Ferimentos ensangüentados, escoriações e manchas arroxeadas estavam espalhadas pelos corpos de pelo menos dez das 19 vítimas de supostos confrontos entre policiais e traficantes ocorridos no complexo de favelas do Alemão, na zona norte carioca, no dia 27.A informação consta dos laudos cadavéricos produzidos pelo IML (Instituto Médico Legal) e que a Secretaria Estadual de Segurança Pública tem procurado manter em segredo.Para a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), as marcas são mais um indício de que, durante a operação, os policiais podem ter espancado e torturado suspeitos, como acusam parentes e moradores do local.O presidente da comissão, João Tancredo, após analisar os laudos, disse que "já se vislumbra" a hipótese de algumas das vítimas terem sido mortas depois de rendidas. "Estou comparando os laudos com o que dizem os moradores. O prudente é verificarmos o que aconteceu com uma perícia independente, mas já se vislumbra a hipótese de execução."Segundo os laudos, 13 das 19 vítimas receberam tiros por trás. Sete foram baleadas nas costas; duas, no pescoço; uma, na cabeça; uma, na panturrilha esquerda; uma, no braço esquerdo; e uma, no punho esquerdo. A perícia não indica a distância percorrida pelas balas antes de atingir o corpo nem os calibres das armas usadas pelos policiais. Mas, em cinco casos, apontam a presença de pólvora nas bordas dos ferimentos de entrada da bala, o que indicaria proximidade entre quem atirou e quem foi baleado.Dos casos de ferimentos externos não causados por armas de fogo e relacionados nos laudos corporais, o que mais chama a atenção é o de David Souza de Lima, 14. No antebraço esquerdo dele, segundo a perícia, constatou-se a existência de "uma extensa ferida irregular". A profundidade do ferimento deixa à mostra os ossos e a musculatura.Lima foi baleado nas costas quatro vezes. Desde o dia da operação, moradores e parentes dizem que o menino foi esfaqueado antes de morrer. O ferimento no braço dele pode ter sido causado por facadas ou outro objeto perfurocortante.A perícia mostra ainda que as 19 vítimas foram mortas com um total de 78 tiros, sendo 32 deles disparados por trás, o que representa 41,02%. O adolescente Pablo Alves da Silva, 15, recebeu nove disparos, sendo quatro nas costas, dois na cabeça, um no pescoço, um no tórax e no braço direito.As vítimas em que havia ferimentos externos, além de Lima, são Bruno Rodrigues Alves, Cléber Mendes, Geraldo Batista Ribeiro, Marcelo Luiz Madeira, Bruno Vianna Alcântara, Uanderson Ferreira, Emerson Goulart, Jairo César Caetano e Rafael Bernardino da Silva.