terça-feira, 28 de agosto de 2007

Espetinho a R$ 1000,00

O churrasco do PCdoB: R$ 1000,00 por um espeto corrido


O PCdoB está em campanha para comprar uma sede própria. Obviamente o que
deveria se esperar de qualquer organização operária é que sua campanha fosse
direcionada à classe operária, afinal, como diz o ditado: "quem paga a conta
é quem escolhe a música".

Mas o PCdoB não se prende a esses meros "detalhes" classistas e afinal por um espetinho a R$ 1000,00 não tem trabalhador no mundo que consiga entrar na campanha. No último dia 20, os pcdobistas realizaram um churrasco na granfinissima "Fogo de Chão" em São Paulo, que contou com a participação de figuras como o tucano Geraldo Alckmin e os "DEMonistas" Gilberto Kassab e Rodrigo Garcia. O portal Vermelho refere-se a esse público tão eclético como uma "demonstração de convívio democrático".

Aldo Rebelo, meio que justificando a presença de tais elementos que merecem o repúdio de qualquer trabalhador explicou que “o Brasil precisa unir as mais amplas forças sociais, políticas e intelectuais para remover obstáculos ao seu crescimento, ao aprofundamento da democracia e do equilíbrio social”.

Ao lado do DEM e do PSDB, a única democracia que se aprofunda é a que enriquece ainda mais ricos e empobrece cada vez mais os pobres.
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terça-feira, 21 de agosto de 2007

OS HERÓIS DE LULA

Dentre as provas de que o governo Lula optou por governar para os ricos, destaco, aqui, os sucessivos recordes de lucros batidos pelos bancos, graças a uma política econômica que garante aos parasitas do sistema financeiro uma das maiores taxas de juros do mundo. O agronegócio, versão atualizada de nossa condição originalmente agro-exportadora, que recolocou o Brasil no cenário mundial como um grande produtor de comoditties agrícolas como a carne, a soja, o açúcar e o etanol, que favoreceu os grandes latifundiários e proprietários rurais. O agronegócio, aliás, será beneficiado com o acordo entre Brasil e Estados Unidos que prevê a produção, por parte dos usineiros, definidos por Lula como "heróis nacionais", de grande produção de etanol para atender o mercado consumidor norte-americano. O projeto é tão ambicioso que estão previstos grandes investimentos dos usineiros nacionais em países centro-americanos, incluindo nações caribenhas como o Haiti, ocupado militarmente pelo Brasil, cuja produção atenderia o mercado interno dos Estados Unidos. Os industriais, por sua vez, conhecem grandes aumentos de produtividade que se ancoram em um relativo crescimento do mercado interno e garantidos pela manutenção do achatamento salarial. E, para finalizar nossos trágicos exemplos, a manutenção da política de juros altos destina centenas de milhares de milhões de reais do orçamento a cerca de 20 mil famílias da classe dominante que controlam os negócios de títulos públicos.
O próprio Lula, intrigado com as críticas feitas contra seu governo por parte dos setores oposicionistas de direita, manifestou-se dizendo que "Os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo, posso garantir que foram os que ganharam muito dinheiro neste país, no meu governo. Aliás, a parte mais pobre é que deveria estar mais zangada, porque ela teve menos do que eles tiveram. É só ver quanto ganham os banqueiros, os empresários, e vamos continuar fazendo política sem discriminação."
Uma outra característica que notabiliza o governo Lula é o seu empenho em finalizar o ciclo de reformas neoliberais iniciadas por Fernando Henrique, cujo governo foi incapaz de concluir. Tais reformas de cunho neoliberal têm como alvos os direitos trabalhistas, a previdência dos trabalhadores da iniciativa privada – com uma reforma que dificultará ainda mais a aposentadoria e diminuirá o pagamento de benefícios e pensões – e a transferência administrativa de aparelhos públicos como hospitais para fundações privadas.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Observatório da imprensa burguesa

Três temas publicados na imprensa burguesa de hoje me motivaram a fazer os seguintes comentários:
Crise do sistema financeiro
As crises do sistema financeiro como a que acontece no momento são comuns no sistema capitalista e compara-se a alguém que esteja com uma gripe e eventualmente dá um espirro. A ganância dos especuladores e o desespero dos grandes capitalistas, aos berros nos pregões das bolsas de valores, me fazem rir. Chega a ser patético visto por nós pobres que já nos acostumamos a viver com o mínimo do mínimo apenas para continuarmos sobrevivendo e produzindo riquezas para a classe burguesa se refestelar. Mas, um dia a casa cai.

O “Cansei” e o “Cansamos”
É ingenuidade acreditar que esses dois movimentos burgueses sejam apolíticos como afirmam suas lideranças. O simples fato de existirem já os torna movimentos políticos. Se tivessem dito ser supra partidários também já estariam se condenando ao fracasso porque, de antemão já se pode prever a baderna e a inconseqüência reinante em seu interior devido aos muitos de boa fé que se sentiriam usados por esse movimento que se diz apolítico. Trata-se na verdade de uma clara tentativa de enganar os seguidores pobres do movimento, assim como foi com os movimento pelas “Diretas já” e o “Fora Collor”, que tiveram apelos populares, porém, foram capitaneados pela burguesia e, deu no que deu. Sem uma revolução capitaneada pela classe pobre que tenha como objetivo claro destruir a estrutura social burguesa, jamais construiremos uma sociedade justa.

A proposta de reforma da constituição venezuelana.
A proposta de reforma da Carta Magna venezuelana, apresentada ao Congresso Nacional daquele país pelo presidente Hugo Chaves no último dia 15/08 novamente leva a ridícula oposição burguesa a protestar nas ruas de Caracas. A alteração proposta que mais arrepia a burguesia venezuelana é a possibilidade de reeleição ilimitada de Hugo Chaves para o cargo de presidente. Para a burguesia de qualquer país a reeleição ilimitada é realmente ruim porque é com a alternância periódica do governante maior, através da limitação do número de reeleições que a classe burguesa consegue manter-se como classe dominante mantendo a sua ideologia como ideologia dominante e ainda conseguem convencer o eleitor de que a culpa pela (inevitável) má escolha através do voto direto é do próprio povo, mantendo-o sempre com o sentimento de impotência, conformado e sob controle. Foi exatamente isso que aconteceu com o Brasil com a transição da ditadura militar para a abertura lenta e gradual à pseudo democracia que temos hoje. É golpista a alcunha de “ditador” que a burguesia tenta atribuir a Hugo Chaves. Ele seria ditador se decretasse o fim das eleições para presidente e dessa forma garantisse sua perpetuação no poder, mas, não é isso que está sendo proposto. Da mesma forma, seria ditatorial também se mantivesse a limitação para reeleição de presidente, sim, por que, o povo estaria sendo privado de votar em alguém que gostaria de ter como presidente, simplesmente porque a constituição não lhe permitiria te-lo como candidato.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

CANSEI DO "CANSEI"

CANSEI

CANSEI de ver a burguesia alienada, individualista, interesseira e oportunista condenar os camelôs, os CDs e DVDs a preços populares que ela chama de “piratas”; as rebeliões populares, as greves, as manifestações dos movimentos sem terra e sem teto, as rádios comunitárias que ela chama de rádios “pirata”, os partidos realmente de esquerda que ela chama de “radicais” com uma conotação pejorativa.

CANSEI do preconceito burguês que, de fato, é o que está implícito no movimento que hoje ela cria e intitula “CANSEI”;

CANSEI de ver essa mesma burguesia defender a falsa democracia vigente e, ao mesmo tempo pregar o ódio contra Fidel Castro, Hugo Chaves, Evo Morales, Rafael Correa, Hamas, Hisbollah, a Resistência Iraquiana, entre outros, chamando estes de “ditadores” ou “terroristas”, estes, que realmente travam uma luta sobre-humana em defesa da maioria explorada e reprimida pela burguesia;

CANSEI também do governo Lula que em nada diferencia dos governos burgueses anteriores que a burguesia sempre defendeu, mas hoje, não por ideologia, mas por interesses mesquinhos e por preconceito a burguesia se diz “cansada”;

CANSEI do braço sindical do governo Lula nos movimentos sociais chamado CUT que hoje se presta ao triste papel de defender o governo e trair a luta dos trabalhadores, ajudando Lula a favorecer a burguesia que ainda se diz cansada;

CANSEI da incoerência política e ideológica da burguesia que aplaude o capitalismo e solidariza-se com o monopólio da mídia burguesa anti-socialista e anti humana;

CANSEI dos acordões feitos entre o governo do PT e a oposição de fachada feita pelo PSDB e pelo DEM (antigo PFL) para encobrir a corrupção e garantir a impunidade dos corruptos;

CANSEI da cooperação descarada e desumana entre os poderes executivo, legislativo, judiciário e imprensa burguesa, ajudada pelo conformismo mórbido induzido pelas crenças religiosas, que só faz perpetuar a existência da miséria, da exploração e repressão da burguesia contra os “sem nada”;

CANSEI de ver o sofrimento dos miseráveis que a burguesia sempre explorou, ignorou e fez pouco caso e agora tenta cooptá-los para seu movimento "cívico" chamado "Cansei". Cansei da burguesia fétida que, se pudesse criaria camaras de gás para assassinar todos os pobres como fêz Hitler.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Emboscada da PM na madrugada contra trabalhadores da COSIPA

A imprensa burguesa está fazendo a maior moita sobre o fato, e mesmonossos amigos em Santos somente três dias depois captaram ofato:TRABALHADORES DA COSIPA FORAM ALVO DE EMBOSCADA DA PM NA MADRUGADA DETERÇA PRA QUARTA.Depois de reprimierem a tiros e bombas de gás o protesto na entradaprincipal da empresa, corrido na sexta-feita, dia 03/08, pela manhã, osjagunços fardados pegaram o pessoal indo pro trabalho e descendo dos ônibus.A COSIPA auxiliou, apagando a iluminação da estrada, numa época do ano emque ainda está escuro quando chega o turno da manhã.Segundo outros informes, que recebemos via Sindicato dos Metalúrgicos, opessoal da tropa de choque estava escondido no matagal que beira a estrada,e tão logo os operários chegavam, eram recebidos com bombas com bombaslacrimogêneas, cassetetes e tiros (não se sabe se de borracha) que sobravampra todo mundo. Não há informações seguras sobre o número de feridos.isto foi entre 4 e 6 da manhãNa quarta, os presidentes dos sindicatos dos metalúrgicos e dos estivadoresforam ao telejornal OPINIÃO - da TV MAR local - e denunciaram o fato.Aparentemente a razão da repressão foi initmidar uma nova mobilização pelaparalisação da empresa, num momento em que os próprios sindicatos (cujoslíderes estão longe de pertencer a facções radicais) são obrigados aencabeçar mobilizações pró-greve não só na siderúrgica como talvez também noPorto de Santos e nas demais indústrias de Cubatão, que inclui a RefinariaPresidente Bernardes.O motivo seria não só reivindicações salariais mas principalmente condiçõesmais seguras e humanas de trabalho, num momento em que, além de amplamenteterceirizados, os operários destes setores industriais da Baixada Santistaestão sendo arrochados para produzir ao máximo, sob pena de perder seusempregos. isto tem levado a stress e acidentes inúmeros, inclusive com perdade vidas.A isto vem se somar, agora, uma repressão terrorista, em que grevistaspotenciais são caçados e a ação de provocadores (nem sequer privados, dotipo "Pinkerton", mas fardados mesmo) foi multiplicada por dez. O fato podeter sido precipitado por uma mobilização surda das bases sindicais, que estápressionando as cúpulas à luta.O jornalista Paulo Schiff, da da TV MAR, obivamente tentou minimizar o ofato e bloquear a divulgação da notícia, que causou estarrecimento até emsetores da burguesia local. o advogado Roberto Mohamed, cometarista dotelejornal, afirmou que "isso que a polícia de Cubatão fez hoje não éatitude de homem!"As demais emissoras locais, que fazem parte das Redes Globo, SBT eBandeirantes, parecem ter simplesmente silenciado sobre o fato.Chamamos urgente solidariedade aos cosipanos e demais trabalhadores daregião, exigindo apuração rigorosa dos fatos e punição dos culpados; etambém convidamos á reflexão todos os setores proletários *

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Não à reforma trabalhista!

Já há muitos anos é discurso amplamente difundido a nível global que os direitos trabalhistas representam custos, oneram as empresas, burocratizam tudo, e que a saída da Crise do Capital, estaria na “modernização” das relações de trabalho, ou seja, na flexibilização do trabalho.

É com esse discurso que atacam a nós, servidores públicos, nos acusando de inépcia e nos culpabilizando pelos fracassos do Estado. Em nome do “desenvolvimento econômico” do país, tentarão transformar o Brasil numa China de mão-de-obra barata.

Sobre a questão da reforma trabalhista, convém ressaltar:
1) Ela está sendo aplicada a conta-gotas, de forma intermitente, aos poucos. O que dificulta uma reação organizada por parte da sociedade. Pegam um setor por vez.
2) Ela se esconde sob vários nomes: flexibilização (flexploração), desregulamentação, desburocratização, etc.
3) Afirma-se que a “redução do custo Brasil”(nossos direitos trabalhistas viraram um “custo” para o Estado e o patronato) gerará empregos. Não existe mentira pior. Nos países em que os direitos trabalhistas foram retirados, o desemprego cresceu, beirando os 20%. Por uma razão muito simples: tirando as barreiras de defesa trabalhistas, o empresariado pode intensificar muito o trabalho dos indivíduos, e prolongar as jornadas de trabalho para além das 8 horas diárias, o que significa MENOS GENTE EMPREGADA TRABALHANDO EM DOBRO. Quem lucra com isso? Os patrões e o Estado.
4) Um nível de desemprego alto é interessante para o empresariado, pois pode usar a ameaça do desemprego para “calar a boca” dos trabalhadores e impor condições de trabalho piores e rebaixar os salários.
5) A Emenda 3, que permite contratar em massa trabalhadores sem carteira, como “autônomos” ou “empresário de si”, é uma monstruosidade que permite que os patrões contratem os trabalhadores pagando MENOS QUE UM SALÁRIO MÍNIMO! Alguém duvida disso? Isso já ocorre em larga escala no México, na Colômbia, no Chile, China, etc.
6) Na França, as reformas trabalhistas foram até hoje barradas e os direitos trabalhistas mantidos. Todos diziam que isso iria quebrar o país, mas não quebrou. O que mostra quanto esse discurso da modernização do trabalho é enganoso. E no fim, quem sai ganhando é o Capital, quem perde é a classe trabalhadora.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

PELA REINTEGRAÇÃO DOS METROVIÁRIOS DEMITIDOS INJUSTAMENTE

Para privatizar e sucatear o Metrô
SERRA DEMITE 61 METROVIÁRIOS!
A Conlutas repudia as demissões e chama à luta unitária pela reintegração
O governador José Serra, depois de ter sido derrotado na última tentativa deprivatização das universidades pela greve dos estudantes, dos servidores eprofessores da USP, agora tenta privatizar o Metrô e ataca os metroviários,demitindo 61 trabalhadores. Entre eles, estão diretores de base do sindicato e membros das chapas que estão concorrendo à diretoria da entidade nas próximas eleições, sob a alegação de que esses tiveram baixo rendimento.
Serra, apoiado no debate sobre a lei de greve que o governo Lula quer impor ao funcionalismo,
já põe em prática uma lei que nem sequer foi votada. As demissões, além de serem uma represália a greve de dois dias pelo aumento do valor e pela distribuição igualitária da PR (participação nos resultados) entre todos os trabalhadores, cumprem outros objetivos.
Para satisfazer aos interesses dos empresários, Serra quer a privatização dos serviços públicos de São Paulo. As conseqüências dessa política já puderam ser vistas com a tragédia do “Buracão do metrô”, em Pinheiros. Até hoje as famílias atingidas não foram ressarcidas dos prejuízos. O desastre do avião da TAM é outro exemplo. O governador liberou a pista para a aeronave pousar e, agora, querem culpar o piloto que não pode se defender, pois está morto.
O mesmo acontecerá com o Metrô caso Serra seja vitorioso nessa luta. O bom serviço prestado pelos metroviários acabará, e o sucateamento desse serviço colocará a população em risco. O ataque aos metroviários tem de ser respondido de forma unitária pelo conjunto do funcionalismo estadual e pela população que sofre com as conseqüências das privatizações do serviço público.
O governador já mandou recado ameaçando os professores, que têm greve marcada para o dia 24 de agosto. Serra não reagiu com a mesma dureza contra os corruptos do CDHU. Não o fez porque esses são do seu partido. Nós, da Conlutas, repudiamos as demissões e faremos tudo que tiver ao nosso alcance para ajudar os metroviários a revertê-las.
Fazemos um chamado a todas as entidades e demais centrais e partidos deesquerda a construirmos uma luta unitária contra mais esse ataque doexterminador José Serra.