domingo, 20 de janeiro de 2008

A sociedade da ignorância, do medo e da mídia do pensamento único da classe dominante.

Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Todos já devem ter ouvido falar de pensamento único, de mídia, de luta de classes e de política, mas no fundo, ignoram o significado disso tudo. Pois não deveriam ignora-los, afinal essas coisas tem a ver diretamente com os gravíssimos problemas sociais que o mundo vive que, consequentemente interfere na vida individual de cada um.
Mas, existe um problema que é o que acarreta todos os demais problemas e, se é certo que todos gostariam de ver os problemas pelo menos minorados, todos devem saber qual é esse problema e que, só a partir da tomada de consciência sobre qual é esse problema que puxa todos os outros problemas é que a sociedade poderá começar a trilhar um caminho no rumo certo da solução de todos os demais problemas.
O primeiro e principal problema a ser resolvido – e cada um tem de procurar resolve-lo, primeiro em si próprio, individualmente - é o problema da ignorância.
A verdade é que ninguém é ignorante porque quer, ninguém passa fome porque quer, ninguém tem problemas na vida porque quer, assim como também é certo que tudo pode ser mudado para melhor para si e para todos a partir da tomada da consciência sobre esse primeiro problema a ser solucionado.
Por que o problema da ignorância é o primeiro problema a ser solucionado? Resposta: porque a ignorância é o principal problema, é a ignorância que cega a compreensão de todos os demais problemas que temos que enfrentar, até a construção de um mundo melhor para todos. Como solucionar o problema da ignorância? Resposta: primeiramente, temos que combate-la em nós mesmos e, em seguida incentivar as pessoas de nosso círculo de influencia, colegas, amigos e parentes a faze-lo também. Como combater a ignorância em nós mesmos? Resposta: procurando ser autodidatas, ou seja, procurando ampliar nossos conhecimentos por conta própria, lendo, ouvindo e vendo de tudo, de direita e de esquerda, sem exceção, não esperando que todo conhecimento de que precisamos nos seja dado pela escola, levando em consideração mesmo que a escola tem um currículo e metodologia, impostos pelo estado e dirigidos à manutenção do sistema político ideológico responsável pela perpetuação dos atuais problemas e, por isso seu objetivo é perpetuar a ignorância e não nos libertar dela. O mesmo vale para a mídia escrita, falada e televisiva. O estado e seus apêndices (a escola, os poderes, a igreja e principalmente os Meios de Comunicação de Massa) sabem muito bem que manter o povão na ignorância e tirar-lhe o chão debaixo dos pés, é desarma-lo completamente e torna-lo tutelável, vulnerável, dependente.
Portanto, a partir de hoje, procure ajudar a construir uma sociedade mais justa, jogue a ignorância no lixo da história, aprenda a “filtrar”, analisar todas as informações que lhe chega, persiga mais e mais o conhecimento. Lembre-se que, se vivemos num mundo com tantas desigualdades sociais, tanta violência cega, e tantos desmandos impunes de “autoridades” é porque vivemos e nos acomodamos na ignorância e acabamos aceitando como verdades as mentiras da mídia do pensamento único da classe dominante.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Insanidade midiática

INSANIDADE

Fico profundamente indignado com o simulacro de jornalismo que temos hoje. Clovis Rossi e todos os demais “articulistas” de jornais críticos mordazes ao reconhecimento de guerrilhas políticas como as FARC-EP e o ELN como movimentos insurgentes por motivos políticos e não como criminosos comuns, desprovidos de qualquer objetivo político-social, parecem não se dar conta da dimensão da injustiça que cometem; injustiça e fomentação da injustiça maior ainda do que o seqüestro em si efetivados por esses movimentos insurgentes.

Agindo assim, essa mal disfarçada imitação de órgãos de imprensa e de jornalismo, parece não querer promover a paz, mas sim perpetuar a guerra. O caminho em direção à paz exige em primeiro lugar esse reconhecimento, exige que se diga a verdade sobre os fatos que originaram a criação desses movimentos, exige que se diga que esses homens e mulheres das FARC-EP e do ELN são heróicos guerrilheiros que abriram mão de uma vida “normal” como qualquer ser humano tem direito, por uma vida em inóspitas selvas, em condições sub-humanas, não por um desejo masoquista mas por circunstâncias que não foram eles que criaram, por uma guerra que não foram eles que declararam e que eles jamais desejaram.

Quem, além da crítica e da recusa em reconhecer as FARC e o ELN como movimentos políticos, envereda pelo campo da mentira, comparando-as com máfias de traficantes, de criminosos cruéis desprovidos de qualquer sentimento de amor, de qualquer ideário de justiça, fomenta ainda mais a guerra e a injustiça. Esses movimentos não existiriam se não fossem as injustiças sociais - perpetradas pela política tradicional - que assolam a humanidade e, sutilmente, mantém milhões de reféns das desumanas regras capitalistas.

A verdade é que os movimentos guerrilheiros como as FARC-EP e o ELN lutam pela paz para todos, contra a pior das violências que é a violência da fome perpetrada pelo estado contra a qual elas apenas viram a necessidade de se insurgir em armas para se defender – com o nobre objetivo de derrotar - numa guerra já declarada a muitos e muitos anos pelo estado contra os trabalhadores, para enfim implantarem a igualdade.

Quem, como essa imprensa reacionária e seus “articulistas”, apenas propaga o ódio, inventando mentiras contra os heróicos insurgentes revolucionários, contribui enormemente para a perpetuação dessa guerra contra a injustiça e da violência da fome, combustível desses movimentos insurgentes, que inevitavelmente acaba por vitimar milhares de pessoas.

Assim como os heróicos guerrilheiros das FARC-EP, do ELN e de todos os militantes socialistas, comunistas ou anarquistas que lutam contra as imposições violentas do capitalismo, tenho esperança ainda que algum dia a humanidade conquiste a paz, apesar da força dos desonestos meios formadores da opinião pública que estão na trincheira dos algozes nesta guerra suja e desigual.

Em defesa da Paz e da Justiça Social, contra a violência estatal, procuremos fomentar a paz e não a guerra. A guerra a ninguém beneficia. A imprensa tem um papel fundamental para que a humanidade possa atingir esse objetivo.