terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Outra visão sobre a crise - O mundo em que vivemos

Tomei a liberdade, de reproduzir aqui o texto que segue abaixo que recebi por e-mail. Não conheço o autor, mas nem precisa, vocês verão o por que.

Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo..."

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Para o bem e para o mal, individual e coletivo, a responsabilidade é de todos

Nunca houve um país realmente socialista e muito menos comunista, o que houve nos ditos países socialistas foi a substituição da ditadura capitalista privada pela ditadura capitalista estatal porque estes mantiveram os mesmos mecanismos estruturais do capitalismo que os socialistas e comunistas tentam combater. O socialismo só será realidade por meio de uma transformação cultural radical dos seres humanos que os faça perceber o bem coletivo em detrimento do bem individual. Enquanto isso não acontecer, mesmo nos regimes ditos socialistas, a repressão e o totalitarismo continuarão porque, se uma parte da população marginalizada no sistema capitalista se insurge e mata ou morre contra tal situação, outra parte, a dos abastados e privilegiados do sistema capitalista, da altura do seu egoísmo, também se dispõem a matar ou morrer para manterem tal situação. É por isso que, nas condições culturais atuais, os regimes ditos socialistas só se mantém pela força. No fim das contas, a culpa é do individualismo e da ganância da maioria dos seres humanos, e do capitalismo que explora muito bem esses defeitos das pessoas. O mundo será melhor no dia em que as pessoas forem mais humanas e se convencerem de que cada ser humano não é uma ilha, que a união e o esforço coletivo é necessário para que todos possamos ter uma vida digna. Até lá preparemo-nos para a guerra.

domingo, 20 de janeiro de 2008

A sociedade da ignorância, do medo e da mídia do pensamento único da classe dominante.

Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Todos já devem ter ouvido falar de pensamento único, de mídia, de luta de classes e de política, mas no fundo, ignoram o significado disso tudo. Pois não deveriam ignora-los, afinal essas coisas tem a ver diretamente com os gravíssimos problemas sociais que o mundo vive que, consequentemente interfere na vida individual de cada um.
Mas, existe um problema que é o que acarreta todos os demais problemas e, se é certo que todos gostariam de ver os problemas pelo menos minorados, todos devem saber qual é esse problema e que, só a partir da tomada de consciência sobre qual é esse problema que puxa todos os outros problemas é que a sociedade poderá começar a trilhar um caminho no rumo certo da solução de todos os demais problemas.
O primeiro e principal problema a ser resolvido – e cada um tem de procurar resolve-lo, primeiro em si próprio, individualmente - é o problema da ignorância.
A verdade é que ninguém é ignorante porque quer, ninguém passa fome porque quer, ninguém tem problemas na vida porque quer, assim como também é certo que tudo pode ser mudado para melhor para si e para todos a partir da tomada da consciência sobre esse primeiro problema a ser solucionado.
Por que o problema da ignorância é o primeiro problema a ser solucionado? Resposta: porque a ignorância é o principal problema, é a ignorância que cega a compreensão de todos os demais problemas que temos que enfrentar, até a construção de um mundo melhor para todos. Como solucionar o problema da ignorância? Resposta: primeiramente, temos que combate-la em nós mesmos e, em seguida incentivar as pessoas de nosso círculo de influencia, colegas, amigos e parentes a faze-lo também. Como combater a ignorância em nós mesmos? Resposta: procurando ser autodidatas, ou seja, procurando ampliar nossos conhecimentos por conta própria, lendo, ouvindo e vendo de tudo, de direita e de esquerda, sem exceção, não esperando que todo conhecimento de que precisamos nos seja dado pela escola, levando em consideração mesmo que a escola tem um currículo e metodologia, impostos pelo estado e dirigidos à manutenção do sistema político ideológico responsável pela perpetuação dos atuais problemas e, por isso seu objetivo é perpetuar a ignorância e não nos libertar dela. O mesmo vale para a mídia escrita, falada e televisiva. O estado e seus apêndices (a escola, os poderes, a igreja e principalmente os Meios de Comunicação de Massa) sabem muito bem que manter o povão na ignorância e tirar-lhe o chão debaixo dos pés, é desarma-lo completamente e torna-lo tutelável, vulnerável, dependente.
Portanto, a partir de hoje, procure ajudar a construir uma sociedade mais justa, jogue a ignorância no lixo da história, aprenda a “filtrar”, analisar todas as informações que lhe chega, persiga mais e mais o conhecimento. Lembre-se que, se vivemos num mundo com tantas desigualdades sociais, tanta violência cega, e tantos desmandos impunes de “autoridades” é porque vivemos e nos acomodamos na ignorância e acabamos aceitando como verdades as mentiras da mídia do pensamento único da classe dominante.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Insanidade midiática

INSANIDADE

Fico profundamente indignado com o simulacro de jornalismo que temos hoje. Clovis Rossi e todos os demais “articulistas” de jornais críticos mordazes ao reconhecimento de guerrilhas políticas como as FARC-EP e o ELN como movimentos insurgentes por motivos políticos e não como criminosos comuns, desprovidos de qualquer objetivo político-social, parecem não se dar conta da dimensão da injustiça que cometem; injustiça e fomentação da injustiça maior ainda do que o seqüestro em si efetivados por esses movimentos insurgentes.

Agindo assim, essa mal disfarçada imitação de órgãos de imprensa e de jornalismo, parece não querer promover a paz, mas sim perpetuar a guerra. O caminho em direção à paz exige em primeiro lugar esse reconhecimento, exige que se diga a verdade sobre os fatos que originaram a criação desses movimentos, exige que se diga que esses homens e mulheres das FARC-EP e do ELN são heróicos guerrilheiros que abriram mão de uma vida “normal” como qualquer ser humano tem direito, por uma vida em inóspitas selvas, em condições sub-humanas, não por um desejo masoquista mas por circunstâncias que não foram eles que criaram, por uma guerra que não foram eles que declararam e que eles jamais desejaram.

Quem, além da crítica e da recusa em reconhecer as FARC e o ELN como movimentos políticos, envereda pelo campo da mentira, comparando-as com máfias de traficantes, de criminosos cruéis desprovidos de qualquer sentimento de amor, de qualquer ideário de justiça, fomenta ainda mais a guerra e a injustiça. Esses movimentos não existiriam se não fossem as injustiças sociais - perpetradas pela política tradicional - que assolam a humanidade e, sutilmente, mantém milhões de reféns das desumanas regras capitalistas.

A verdade é que os movimentos guerrilheiros como as FARC-EP e o ELN lutam pela paz para todos, contra a pior das violências que é a violência da fome perpetrada pelo estado contra a qual elas apenas viram a necessidade de se insurgir em armas para se defender – com o nobre objetivo de derrotar - numa guerra já declarada a muitos e muitos anos pelo estado contra os trabalhadores, para enfim implantarem a igualdade.

Quem, como essa imprensa reacionária e seus “articulistas”, apenas propaga o ódio, inventando mentiras contra os heróicos insurgentes revolucionários, contribui enormemente para a perpetuação dessa guerra contra a injustiça e da violência da fome, combustível desses movimentos insurgentes, que inevitavelmente acaba por vitimar milhares de pessoas.

Assim como os heróicos guerrilheiros das FARC-EP, do ELN e de todos os militantes socialistas, comunistas ou anarquistas que lutam contra as imposições violentas do capitalismo, tenho esperança ainda que algum dia a humanidade conquiste a paz, apesar da força dos desonestos meios formadores da opinião pública que estão na trincheira dos algozes nesta guerra suja e desigual.

Em defesa da Paz e da Justiça Social, contra a violência estatal, procuremos fomentar a paz e não a guerra. A guerra a ninguém beneficia. A imprensa tem um papel fundamental para que a humanidade possa atingir esse objetivo.