sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Quem é a rede globo para chamar as FARC-EP de "narco-guerrilha"

O Presidente Álvaro Uribe será recordado como mafioso, paramilitar, bufão, grosseiro, caluniador e mentiroso a toda a prova, tanto na Colômbia como no resto do mundo
por Cmte. Raúl Reyes [*]
O pior governo dos últimos tempos, não pode ser outra a classificação. Trata-se do engendro criminoso das máfias do narcotráfico com paramilitares, latifundiários, grandes pecuaristas, os militaristas e os resíduos da ultra-direita cavernicola do bipartidarismo liberal-conservador. Os mesmos responsáveis pela pobreza, miséria, exploração, saqueio, corrupção, indignidade e repressão estatal sobre os trabalhadores, os camponeses e o povo colombiano nos últimos 50 anos.

É tanta a palhaçada e a grosseria do governo da para-política que se crê com o direito de impor o seu libreto de infâmias contra a oposição política revolucionária colombiana aos demais governos, estes sim legítimos, com prestígio, vontade e futuro luminoso. Ao passo que o seu é de minorias, fraudulento e portanto ilegal e ilegítimo. Não é casual que a imensa maioria de congressistas e políticos chamados a responder pela para-política, pelos massacres e deslocações forçadas sejam parte substancial da coligação governamental.

Além dos amigos, sócios e cúmplices seus, que com os seus votos nas eleições presidenciais levaram-no ao poder. Por ser Uribe o primeiro responsável e beneficiário directo da narco-para-política, deveria renunciar à sua espúria investidura.

A renúncia imediata de Uribe, juntamente com todo o seu governo, garantiria a libertação com vida dos prisioneiros mediante a assinatura do acordo humanitário sem mais empecilhos para recusá-lo ao invés de persistir nos demenciais inamovíveis e na arriscada política de recuperação forçada. Os governos e os povos amigos do acordo humanitário e da paz na Colômbia voltariam a ser respeitados e reconhecidos pelos seus bons ofícios, sempre que estes partam da expressa solicitação das partes contendoras. A obstinada obstrução às saídas políticas concertadas com as organizações guerrilheiras, revolucionárias do povo, com os operários, camponeses, estudantes, indígenas e afro-descendentes impostas pela ignominiosa administração fascista actual, voltariam a recuperar seus espaços em proveito da paz com justiça social, da democracia real e das liberdades.

As palhaçadas, as grosserias, as calúnias e as mentiras deste governo nunca mais poderão ser repetidas por respeito para com nós mesmos e com a comunidade internacional, com vistas a encerrar assim este vergonhoso e negro período da nossa turbulenta história de guerras, iniquidades sociais, políticas e económicas.

Montanhas da Colômbia, Dezembro de 2007

[*] Integrante do Secretariado das FARC

O original encontra-se em http://www.farcep.org/?node=2,3767,1

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Por muitos felizes natais e demais dias a todos que vivem do trabalho e não da exploração do trabalho alheio

Por um feliz natal a todos aqueles que são excluídos,
Humilhados, esquecidos, pisoteados,
Assassinados de fome, ou pela violência,
Que são encarcerados, marginalizados, caluniados,
Despejados, precarizados, desempregados e explorados.
Aqueles que não tem história,
que saem deste mundo sem deixar memória.
Aqueles a quem o Capital usurpou a vida
e condenou à sobrevivência miserável,
como expectadores passivos do Espetáculo
a sonhar e comer as migalhas de uma mesa que nunca comerão,
Vendendo sua pele como assalariados! – todos nós!

Por todos aqueles que trabalham
e são sujeitados aos ditames vorazes do deus-Capital.
A todos os despossuídos e deserdados deste mundo.
Por um Natal de solidariedade, e não de vendas e mercado.

E um ano novo que não seja mais um ano,
na estrada lenta e inexorável da nossa (sobre)vida assalariada,
Que não seja mais do mesmo, mas um ano de muitas lutas
Onde a dignidade no homem reapareça!
Onde a vida se reapresente, sem preço, não-mercadoria
Como dádiva, gratuita!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A toda ação, corresponde uma reação

Resposta ao artigo de Reinaldo Azevedo "A pluralidade e a revolução dos idiotas"


Embora eu não concorde com a linha editorial da “Folha”, o que me mantém como assinante do jornal é a pluralidade de opiniões publicadas em Tendências/Debates e no Painel do Leitor, por isso atrevo-me a responder ao conteúdo do artigo de Reinaldo Azevedo (A pluralidade e a revolução dos idiotas – Tendências e Debates, de 15/10).

Primeiramente, se para o autor, quem vive na pele a exclusão social e luta com as armas enferrujadas de que dispõe contra ela é idiota, não seria também idiota quem se nega a enxergar a realidade e a lógica das coisas.

O artigo em questão, assim como toda matéria publicada na imprensa dita “oficial”, peca por abordar apenas as conseqüências dos males da sociedade ao invés de abordar suas causas. Nesse quesito o artigo do Reinaldo Azevedo extrapolou todos os limites.

É bom lembrar ao articulista da "Veja" que a existência da desigualdade social é apenas a conseqüência, cuja causa é a ideologia que ele deixou claro que defende nas linhas de seu texto.
Na concepção de Reinaldo Azevedo, sou também um dos idiotas que defendem a revolução que permita não a mera existência, mas a igualdade de oportunidades para uma existência digna de cada ser humano.

Não é surpreendente a posição do jornalista e articulista, o que surpreende é a mediocridade da argumentação de alguém que se apresenta como jornalista. Nesse quesito o Ferréz dá de dez a zero na mediocridade jornalística do articulista da “Veja”.

O mal de todos que defendem o atual sistema de valores que permite a mera existência das pessoas é não se importar com a qualidade dessa existência e achar que a solução está na eficiência da repressão policial para calar a boca do seu principal produto - os excluídos. Mal sabem que não há repressão que consiga conter uma lei da física: "A toda ação corresponde uma reação".

Maldosamente, Reinaldo Azevedo diz em seu texto que o bairro do Capão Redondo é produto do Ferréz. Saiba o articulista que o bairro do Capão Redondo não é um produto do Ferréz, mas sim do sistema de valores que o próprio articulista defende, que produz também jornalistas cínicos, políticos corruptos e uma elite parasita e reacionária.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Os tipos de fura-greves

Sempre que uma greve é deflagrada, sempre há os que resolvem furar a greve.
Aqui vai uma singela homenagem a esses “bravos” puxa-sacos, traidores da categoria a que pertencem, ignóbeis, muito úteis aos interesses dos patrões.

O tímido: é aquele que passa caladinho pelo piquete, de cabeça baixa, pois tem vergonha de sua própria covardia ou incompetência.

O angustiado: é aquele que não consegue deixar de furar a greve, mas também não consegue trabalhar, por ficar o tempo todo pensando na besteira que está fazendo.

O neurótico: é aquele que perde completamente o controle emocional quando é barrado num piquete e parte pra briga com os grevistas.

O dissimulado: é aquele que antes de furar um piquete, pára, conversa com os grevistas e ri sozinho das próprias piadas que conta.

O chorão: é aquele que abre o berreiro e pede “por favor” aos grevistas para que o deixem entrar para trabalhar.

O revoltado: é aquele que finge estar descontente com o patrão, reclama com os colegas, mas quando começa a greve é o primeiro a sabotá-la.

O enrustido: é aquele que chega mais cedo só para não ter que passar pelo piquete e, lá dentro fica se escondendo atrás dos móveis para não ser visto pelos grevistas.

O puxa-saco: é aquele que adora furar a greve só porque vai ter mais tempo e privacidade para bajular o patrão e falar mal dos colegas.

O carreirista: é aquele que fura a greve só porque tem uma função de confiança ou porque o patrão lhe prometeu uma promoção.

O incompetente: é aquele que fura a greve porque tem medo de ser demitido.

O chantagista: é aquele que tem coragem até de inventar que a mãe morreu para comover os grevistas para deixá-lo entrar para o trabalho.

O vagabundo: é aquele que fura a greve, mas adora que os colegas a façam para ter desculpa para não trabalhar.

O parasita: é aquele que fura a greve, mas adora quando seu salário vem com o aumento conquistado pelos grevistas.

O dedo-duro: é aquele que fura a greve e fica observando a movimentação dos grevistas para informar ao chefe.

Há características que são comuns a qualquer tipo de fura-greve. Eles são mesquinhos, egoístas, individualistas, hipócritas, covardes, oportunistas e traiçoeiros.

Lembre-se: acima do direito individual do fura-greve está o direito coletivo dos trabalhadores em greve.

sábado, 1 de setembro de 2007

O capitalismo explicado por uma criança

Um garoto chegou em casa e disse para o pai:
- A professora mandou fazer uma frase sobre economia e eu não sei nada disso.
- Não se preocupe meu filho, vou te explicar de uma maneira bem simples,olhe: Eu, que trago o dinheiro para dentro de casa, sou o capitalismo; Sua mãe, que administra tudo, é o governo; Nossa empregada, que faz o trabalho pesado, é a classe operária; Seu irmãozinho, o bebê, é o futuro da nação; Você é o povo;

Então, o garoto inteligentemente foi dormir pensando em tudo aquilo.
Quando era mais ou menos umas três da madrugada, o irmãozinho começou a chorar. O garoto então acordou e viu que o bebê estava todo sujo de cocô.. O menino foi ao quarto dos pais e lá estava a mãe dormindo. Apesar de chamá-la com insistência, a mãe não acordava, pois dormia profundamente. Então foi ele procurar o pai pela casa e viu que ele estava no quarto transando com a empregada.

No outro dia tirou nota máxima em seu trabalho com esta frase
.
.
"O FUTURO DA NAÇÃO ESTÁ NA MERDA, PORQUE ENQUANTO O CAPITALISMO FODE COM A CLASSE OPERÁRIA, O GOVERNO DORME, IGNORANDO OS APELOS INSISTENTES DO POVO."

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Espetinho a R$ 1000,00

O churrasco do PCdoB: R$ 1000,00 por um espeto corrido


O PCdoB está em campanha para comprar uma sede própria. Obviamente o que
deveria se esperar de qualquer organização operária é que sua campanha fosse
direcionada à classe operária, afinal, como diz o ditado: "quem paga a conta
é quem escolhe a música".

Mas o PCdoB não se prende a esses meros "detalhes" classistas e afinal por um espetinho a R$ 1000,00 não tem trabalhador no mundo que consiga entrar na campanha. No último dia 20, os pcdobistas realizaram um churrasco na granfinissima "Fogo de Chão" em São Paulo, que contou com a participação de figuras como o tucano Geraldo Alckmin e os "DEMonistas" Gilberto Kassab e Rodrigo Garcia. O portal Vermelho refere-se a esse público tão eclético como uma "demonstração de convívio democrático".

Aldo Rebelo, meio que justificando a presença de tais elementos que merecem o repúdio de qualquer trabalhador explicou que “o Brasil precisa unir as mais amplas forças sociais, políticas e intelectuais para remover obstáculos ao seu crescimento, ao aprofundamento da democracia e do equilíbrio social”.

Ao lado do DEM e do PSDB, a única democracia que se aprofunda é a que enriquece ainda mais ricos e empobrece cada vez mais os pobres.
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terça-feira, 21 de agosto de 2007

OS HERÓIS DE LULA

Dentre as provas de que o governo Lula optou por governar para os ricos, destaco, aqui, os sucessivos recordes de lucros batidos pelos bancos, graças a uma política econômica que garante aos parasitas do sistema financeiro uma das maiores taxas de juros do mundo. O agronegócio, versão atualizada de nossa condição originalmente agro-exportadora, que recolocou o Brasil no cenário mundial como um grande produtor de comoditties agrícolas como a carne, a soja, o açúcar e o etanol, que favoreceu os grandes latifundiários e proprietários rurais. O agronegócio, aliás, será beneficiado com o acordo entre Brasil e Estados Unidos que prevê a produção, por parte dos usineiros, definidos por Lula como "heróis nacionais", de grande produção de etanol para atender o mercado consumidor norte-americano. O projeto é tão ambicioso que estão previstos grandes investimentos dos usineiros nacionais em países centro-americanos, incluindo nações caribenhas como o Haiti, ocupado militarmente pelo Brasil, cuja produção atenderia o mercado interno dos Estados Unidos. Os industriais, por sua vez, conhecem grandes aumentos de produtividade que se ancoram em um relativo crescimento do mercado interno e garantidos pela manutenção do achatamento salarial. E, para finalizar nossos trágicos exemplos, a manutenção da política de juros altos destina centenas de milhares de milhões de reais do orçamento a cerca de 20 mil famílias da classe dominante que controlam os negócios de títulos públicos.
O próprio Lula, intrigado com as críticas feitas contra seu governo por parte dos setores oposicionistas de direita, manifestou-se dizendo que "Os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo, posso garantir que foram os que ganharam muito dinheiro neste país, no meu governo. Aliás, a parte mais pobre é que deveria estar mais zangada, porque ela teve menos do que eles tiveram. É só ver quanto ganham os banqueiros, os empresários, e vamos continuar fazendo política sem discriminação."
Uma outra característica que notabiliza o governo Lula é o seu empenho em finalizar o ciclo de reformas neoliberais iniciadas por Fernando Henrique, cujo governo foi incapaz de concluir. Tais reformas de cunho neoliberal têm como alvos os direitos trabalhistas, a previdência dos trabalhadores da iniciativa privada – com uma reforma que dificultará ainda mais a aposentadoria e diminuirá o pagamento de benefícios e pensões – e a transferência administrativa de aparelhos públicos como hospitais para fundações privadas.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Observatório da imprensa burguesa

Três temas publicados na imprensa burguesa de hoje me motivaram a fazer os seguintes comentários:
Crise do sistema financeiro
As crises do sistema financeiro como a que acontece no momento são comuns no sistema capitalista e compara-se a alguém que esteja com uma gripe e eventualmente dá um espirro. A ganância dos especuladores e o desespero dos grandes capitalistas, aos berros nos pregões das bolsas de valores, me fazem rir. Chega a ser patético visto por nós pobres que já nos acostumamos a viver com o mínimo do mínimo apenas para continuarmos sobrevivendo e produzindo riquezas para a classe burguesa se refestelar. Mas, um dia a casa cai.

O “Cansei” e o “Cansamos”
É ingenuidade acreditar que esses dois movimentos burgueses sejam apolíticos como afirmam suas lideranças. O simples fato de existirem já os torna movimentos políticos. Se tivessem dito ser supra partidários também já estariam se condenando ao fracasso porque, de antemão já se pode prever a baderna e a inconseqüência reinante em seu interior devido aos muitos de boa fé que se sentiriam usados por esse movimento que se diz apolítico. Trata-se na verdade de uma clara tentativa de enganar os seguidores pobres do movimento, assim como foi com os movimento pelas “Diretas já” e o “Fora Collor”, que tiveram apelos populares, porém, foram capitaneados pela burguesia e, deu no que deu. Sem uma revolução capitaneada pela classe pobre que tenha como objetivo claro destruir a estrutura social burguesa, jamais construiremos uma sociedade justa.

A proposta de reforma da constituição venezuelana.
A proposta de reforma da Carta Magna venezuelana, apresentada ao Congresso Nacional daquele país pelo presidente Hugo Chaves no último dia 15/08 novamente leva a ridícula oposição burguesa a protestar nas ruas de Caracas. A alteração proposta que mais arrepia a burguesia venezuelana é a possibilidade de reeleição ilimitada de Hugo Chaves para o cargo de presidente. Para a burguesia de qualquer país a reeleição ilimitada é realmente ruim porque é com a alternância periódica do governante maior, através da limitação do número de reeleições que a classe burguesa consegue manter-se como classe dominante mantendo a sua ideologia como ideologia dominante e ainda conseguem convencer o eleitor de que a culpa pela (inevitável) má escolha através do voto direto é do próprio povo, mantendo-o sempre com o sentimento de impotência, conformado e sob controle. Foi exatamente isso que aconteceu com o Brasil com a transição da ditadura militar para a abertura lenta e gradual à pseudo democracia que temos hoje. É golpista a alcunha de “ditador” que a burguesia tenta atribuir a Hugo Chaves. Ele seria ditador se decretasse o fim das eleições para presidente e dessa forma garantisse sua perpetuação no poder, mas, não é isso que está sendo proposto. Da mesma forma, seria ditatorial também se mantivesse a limitação para reeleição de presidente, sim, por que, o povo estaria sendo privado de votar em alguém que gostaria de ter como presidente, simplesmente porque a constituição não lhe permitiria te-lo como candidato.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

CANSEI DO "CANSEI"

CANSEI

CANSEI de ver a burguesia alienada, individualista, interesseira e oportunista condenar os camelôs, os CDs e DVDs a preços populares que ela chama de “piratas”; as rebeliões populares, as greves, as manifestações dos movimentos sem terra e sem teto, as rádios comunitárias que ela chama de rádios “pirata”, os partidos realmente de esquerda que ela chama de “radicais” com uma conotação pejorativa.

CANSEI do preconceito burguês que, de fato, é o que está implícito no movimento que hoje ela cria e intitula “CANSEI”;

CANSEI de ver essa mesma burguesia defender a falsa democracia vigente e, ao mesmo tempo pregar o ódio contra Fidel Castro, Hugo Chaves, Evo Morales, Rafael Correa, Hamas, Hisbollah, a Resistência Iraquiana, entre outros, chamando estes de “ditadores” ou “terroristas”, estes, que realmente travam uma luta sobre-humana em defesa da maioria explorada e reprimida pela burguesia;

CANSEI também do governo Lula que em nada diferencia dos governos burgueses anteriores que a burguesia sempre defendeu, mas hoje, não por ideologia, mas por interesses mesquinhos e por preconceito a burguesia se diz “cansada”;

CANSEI do braço sindical do governo Lula nos movimentos sociais chamado CUT que hoje se presta ao triste papel de defender o governo e trair a luta dos trabalhadores, ajudando Lula a favorecer a burguesia que ainda se diz cansada;

CANSEI da incoerência política e ideológica da burguesia que aplaude o capitalismo e solidariza-se com o monopólio da mídia burguesa anti-socialista e anti humana;

CANSEI dos acordões feitos entre o governo do PT e a oposição de fachada feita pelo PSDB e pelo DEM (antigo PFL) para encobrir a corrupção e garantir a impunidade dos corruptos;

CANSEI da cooperação descarada e desumana entre os poderes executivo, legislativo, judiciário e imprensa burguesa, ajudada pelo conformismo mórbido induzido pelas crenças religiosas, que só faz perpetuar a existência da miséria, da exploração e repressão da burguesia contra os “sem nada”;

CANSEI de ver o sofrimento dos miseráveis que a burguesia sempre explorou, ignorou e fez pouco caso e agora tenta cooptá-los para seu movimento "cívico" chamado "Cansei". Cansei da burguesia fétida que, se pudesse criaria camaras de gás para assassinar todos os pobres como fêz Hitler.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Emboscada da PM na madrugada contra trabalhadores da COSIPA

A imprensa burguesa está fazendo a maior moita sobre o fato, e mesmonossos amigos em Santos somente três dias depois captaram ofato:TRABALHADORES DA COSIPA FORAM ALVO DE EMBOSCADA DA PM NA MADRUGADA DETERÇA PRA QUARTA.Depois de reprimierem a tiros e bombas de gás o protesto na entradaprincipal da empresa, corrido na sexta-feita, dia 03/08, pela manhã, osjagunços fardados pegaram o pessoal indo pro trabalho e descendo dos ônibus.A COSIPA auxiliou, apagando a iluminação da estrada, numa época do ano emque ainda está escuro quando chega o turno da manhã.Segundo outros informes, que recebemos via Sindicato dos Metalúrgicos, opessoal da tropa de choque estava escondido no matagal que beira a estrada,e tão logo os operários chegavam, eram recebidos com bombas com bombaslacrimogêneas, cassetetes e tiros (não se sabe se de borracha) que sobravampra todo mundo. Não há informações seguras sobre o número de feridos.isto foi entre 4 e 6 da manhãNa quarta, os presidentes dos sindicatos dos metalúrgicos e dos estivadoresforam ao telejornal OPINIÃO - da TV MAR local - e denunciaram o fato.Aparentemente a razão da repressão foi initmidar uma nova mobilização pelaparalisação da empresa, num momento em que os próprios sindicatos (cujoslíderes estão longe de pertencer a facções radicais) são obrigados aencabeçar mobilizações pró-greve não só na siderúrgica como talvez também noPorto de Santos e nas demais indústrias de Cubatão, que inclui a RefinariaPresidente Bernardes.O motivo seria não só reivindicações salariais mas principalmente condiçõesmais seguras e humanas de trabalho, num momento em que, além de amplamenteterceirizados, os operários destes setores industriais da Baixada Santistaestão sendo arrochados para produzir ao máximo, sob pena de perder seusempregos. isto tem levado a stress e acidentes inúmeros, inclusive com perdade vidas.A isto vem se somar, agora, uma repressão terrorista, em que grevistaspotenciais são caçados e a ação de provocadores (nem sequer privados, dotipo "Pinkerton", mas fardados mesmo) foi multiplicada por dez. O fato podeter sido precipitado por uma mobilização surda das bases sindicais, que estápressionando as cúpulas à luta.O jornalista Paulo Schiff, da da TV MAR, obivamente tentou minimizar o ofato e bloquear a divulgação da notícia, que causou estarrecimento até emsetores da burguesia local. o advogado Roberto Mohamed, cometarista dotelejornal, afirmou que "isso que a polícia de Cubatão fez hoje não éatitude de homem!"As demais emissoras locais, que fazem parte das Redes Globo, SBT eBandeirantes, parecem ter simplesmente silenciado sobre o fato.Chamamos urgente solidariedade aos cosipanos e demais trabalhadores daregião, exigindo apuração rigorosa dos fatos e punição dos culpados; etambém convidamos á reflexão todos os setores proletários *

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Não à reforma trabalhista!

Já há muitos anos é discurso amplamente difundido a nível global que os direitos trabalhistas representam custos, oneram as empresas, burocratizam tudo, e que a saída da Crise do Capital, estaria na “modernização” das relações de trabalho, ou seja, na flexibilização do trabalho.

É com esse discurso que atacam a nós, servidores públicos, nos acusando de inépcia e nos culpabilizando pelos fracassos do Estado. Em nome do “desenvolvimento econômico” do país, tentarão transformar o Brasil numa China de mão-de-obra barata.

Sobre a questão da reforma trabalhista, convém ressaltar:
1) Ela está sendo aplicada a conta-gotas, de forma intermitente, aos poucos. O que dificulta uma reação organizada por parte da sociedade. Pegam um setor por vez.
2) Ela se esconde sob vários nomes: flexibilização (flexploração), desregulamentação, desburocratização, etc.
3) Afirma-se que a “redução do custo Brasil”(nossos direitos trabalhistas viraram um “custo” para o Estado e o patronato) gerará empregos. Não existe mentira pior. Nos países em que os direitos trabalhistas foram retirados, o desemprego cresceu, beirando os 20%. Por uma razão muito simples: tirando as barreiras de defesa trabalhistas, o empresariado pode intensificar muito o trabalho dos indivíduos, e prolongar as jornadas de trabalho para além das 8 horas diárias, o que significa MENOS GENTE EMPREGADA TRABALHANDO EM DOBRO. Quem lucra com isso? Os patrões e o Estado.
4) Um nível de desemprego alto é interessante para o empresariado, pois pode usar a ameaça do desemprego para “calar a boca” dos trabalhadores e impor condições de trabalho piores e rebaixar os salários.
5) A Emenda 3, que permite contratar em massa trabalhadores sem carteira, como “autônomos” ou “empresário de si”, é uma monstruosidade que permite que os patrões contratem os trabalhadores pagando MENOS QUE UM SALÁRIO MÍNIMO! Alguém duvida disso? Isso já ocorre em larga escala no México, na Colômbia, no Chile, China, etc.
6) Na França, as reformas trabalhistas foram até hoje barradas e os direitos trabalhistas mantidos. Todos diziam que isso iria quebrar o país, mas não quebrou. O que mostra quanto esse discurso da modernização do trabalho é enganoso. E no fim, quem sai ganhando é o Capital, quem perde é a classe trabalhadora.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

PELA REINTEGRAÇÃO DOS METROVIÁRIOS DEMITIDOS INJUSTAMENTE

Para privatizar e sucatear o Metrô
SERRA DEMITE 61 METROVIÁRIOS!
A Conlutas repudia as demissões e chama à luta unitária pela reintegração
O governador José Serra, depois de ter sido derrotado na última tentativa deprivatização das universidades pela greve dos estudantes, dos servidores eprofessores da USP, agora tenta privatizar o Metrô e ataca os metroviários,demitindo 61 trabalhadores. Entre eles, estão diretores de base do sindicato e membros das chapas que estão concorrendo à diretoria da entidade nas próximas eleições, sob a alegação de que esses tiveram baixo rendimento.
Serra, apoiado no debate sobre a lei de greve que o governo Lula quer impor ao funcionalismo,
já põe em prática uma lei que nem sequer foi votada. As demissões, além de serem uma represália a greve de dois dias pelo aumento do valor e pela distribuição igualitária da PR (participação nos resultados) entre todos os trabalhadores, cumprem outros objetivos.
Para satisfazer aos interesses dos empresários, Serra quer a privatização dos serviços públicos de São Paulo. As conseqüências dessa política já puderam ser vistas com a tragédia do “Buracão do metrô”, em Pinheiros. Até hoje as famílias atingidas não foram ressarcidas dos prejuízos. O desastre do avião da TAM é outro exemplo. O governador liberou a pista para a aeronave pousar e, agora, querem culpar o piloto que não pode se defender, pois está morto.
O mesmo acontecerá com o Metrô caso Serra seja vitorioso nessa luta. O bom serviço prestado pelos metroviários acabará, e o sucateamento desse serviço colocará a população em risco. O ataque aos metroviários tem de ser respondido de forma unitária pelo conjunto do funcionalismo estadual e pela população que sofre com as conseqüências das privatizações do serviço público.
O governador já mandou recado ameaçando os professores, que têm greve marcada para o dia 24 de agosto. Serra não reagiu com a mesma dureza contra os corruptos do CDHU. Não o fez porque esses são do seu partido. Nós, da Conlutas, repudiamos as demissões e faremos tudo que tiver ao nosso alcance para ajudar os metroviários a revertê-las.
Fazemos um chamado a todas as entidades e demais centrais e partidos deesquerda a construirmos uma luta unitária contra mais esse ataque doexterminador José Serra.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

BANCARIOS PÚBLICOS REJEITAM MESA ÚNICA DA FENABAN

RESULTADO DO PLEBISCITO SOBRE A MESA ÚNICA REALIZADO EM DEZ AGÊNCIAS CEF E BB DE MOGI DAS CRUZES E BIRITIBA MIRIM ENTRE OS DIAS 24 E 27 DE JULHO/07

TOTAL GERAL
TOTAL DE VOTOS: 132 VOTANTES
VOTOS SIM: 29 VOTOS 21,97%
VOTOS NÃO: 103 VOTOS 78,03%
VOTOS NULOS: 00 VOTOS

O canto da sereia

Como era de se esperar, a mesma ladainha se repete. Como nos anos anteriores, a Conferência Nacional dos Bancários se deu sem nenhuma democracia. Nem podemos chamar de Conferência Nacional dos Bancários, mas sim de Conferência Nacional da Cúpula Sindical Governista. Primeiramente eles boicotam a participação dos bancários de base nas assembléias locais e encontros estaduais para eleição de delegados que participarão da conferência nacional, depois realizam a conferência nacional e decidem o que lhes convém e então divulgam seus boletins dizendo que os bancários decidiram a pauta de reivindicações e as estratégias da campanha salarial.
Bancários de base, não se deixem enganar pelo canto da sereia.
O bancário de base não quer que seu reajuste salarial seja negociado na famigerada Mesa Única da Fenaban; o bancário de base não quer que seu reajuste salarial seja calculado apenas com base no último período, mas sim, que sejam, no mínimo, repostas todas as perdas acumuladas com o plano real; o bancário de base não quer uma comissão de negociação que não tenha bancários de base eleitos em assembléias; o bancário de base não quer ser massa de manobra nas mãos de sindicalistas político-carreiristas; o bancário de base quer lutar, mas não sente nenhuma confiança nos que estão decidindo e negociando em nome dele.

Liberdade de imprensa ou ditadura da imprensa?

Vejo, estarrecido, a completa inversão de valores que a sociedade vive em nossos dias, causada em grande medida pela ditadura dos meios de comunicação de massa, deformadores e não formadores de opinião.

Quando alguém como Hugo Chaves tem a coragem que a maioria dos presidentes não tem, de cumprir com sua obrigação de chefe de estado de enfrentar o poderio dos grandes aparatos de comunicação de massa no sentido de preservar a liberdade de pensamento da população de seu país, vê-se atacado por todo o aparato de comunicação mundial e seus puxa-sacos instalados em todas as instâncias dos governos de seus respectivos países.

Se for para defender o direito de imprensa ou de expressão, que se discuta profundamente em todos os seus aspectos.

Aos menos avisados basta se perguntar que interesses defendem todos os meios de comunicação que hoje se prestam a apenas atacar a decisão legítima de Hugo Chaves de não renovar a concessão à criminosa RCTV ou a qualquer outra concessionária de serviço público que não cumprem com suas obrigações previstas nos contratos de concessão.

Não há o mínimo resquício de ditadura nos atos do governo venezuelano. Ditadura é uma minoria mandar na maioria, ditadura é o meio de comunicação de massa, com todo seu poder de manipular informação determinar o que a maioria deve pensar, deve vestir, deve querer, deve usar, deve comer, deve beber, em quem deve votar. Ditadura é o meio de comunicação de massa exercer todo esse poder capaz de convencer a massa do contrário do que ele realmente defende, é usar todo esse poder para perpetuar-se no poder, isso é ditadura, isso sim fere a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de escolha, fere todos os princípios dos direitos humanos. Ditadura é essa minoria usar esse estrondoso poder para determinar o que a maioria deve ou não saber, as versões dos fatos que a população deve ou não receber. Ditadura é distorcer e omitir informações que são cruciais a formação imparcial da opinião pública. Ditatorial é o ato inconstitucional, é usar com má fé a concessão de um serviço público para envenenar as mentes, é transmitir à população apenas um lado da história, é não mostrar também os motivos, mas apenas as causas dos fatos, é emburrecer e embrutecer propositalmente a população, é usar todo seu poder de persuasão sobre a população para que ela defenda propostas contra elas mesmas para dar uma falsa idéia de vontade popular, é fazer da população massa de manobra para dar golpes de estado e reinstalar governos verdadeiramente ditatoriais que favoreçam apenas a interesses mesquinhos de uma minoria, abastada, gananciosa, pretensiosa e egoísta da sociedade.

Diante de tanta informação distorcida, diante de tanta inverdade, diante de tanta manipulação da opinião pública, diante de tantas tentativas de inverter valores morais e ideológicos, não só a RCTV, mas também a Rede Globo no Brasil e qualquer outra concessionária de serviço público deveria ser intimada pelos governos a cumprir com suas obrigações morais e constitucionais sob pena de lhes serem retiradas as concessões e substituídas por quem respeite a maioria é não uma minoria de abastados preocupados apenas em manter seus privilégios e sua ditadura sobre a maioria mais pobre da população.

Vale divulgar aqui as informações que são essenciais para uma formação imparcial da opinião pública, mas que, a nossa antidemocrática imprensa, por má fé contra a maioria das populações não divulga sobre o fato histórico do momento: a não renovação da concessão determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela à RCTV, principal rede nacional de televisão privada daquele país: A justiça da Venezuela já em 2002 tinha todas as razões legais do mundo para revogar a concessão da RCTV quando essa TV participou ativamente no Golpe de Estado que destituiu pela força o presidente Hugo Chaves que foi eleito em 1997, reeleito em 2002, referendado pela maioria do povo venezuelano em 2004 e novamente reeleito em 2007. Vale informar também que no golpe de estado de 2002, as forças golpistas, financiadas pela CIA, cortaram o sinal da TV estatal e empossaram um presidente cujo primeiro ato foi revogar todos os direitos constitucionais da população pobre que antes de Hugo Chaves não haviam e que a restituição de Hugo Chaves ao poder após dois dias seqüestrado pelos golpistas, só aconteceu porque militares leais a ele o resgataram após grande pressão popular em que treze pessoas foram assassinadas pelas forças golpistas.

Com o corte do sinal da TV estatal a população só soube o que estava acontecendo por noticiários de TVs estrangeiras, captados por TV a cabo. Vale informar também que o dossiê de denúncias por parte da população por irregularidades na programação da RCTV é enorme e vem desde a sua primeira concessão.

A quem e por que interessa sabotar a verdade dos fatos?

REESTABELECENDO A VERDADE - DESMENTINDO A ELITE REACIONÁRIA
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Por mais ingênua que seja uma pessoa, não há a menor possibilidade de não perceber o exagero e a tendenciosidade do noticiário e das mensagens subliminares (maliciosas) embutidas nas entrelinhas dos jornais e até nas novelas da televisão que “invadem” nossas casas todos os dias a respeito da não renovação da concessão hertziana à RCTV na Venezuela, numa clara campanha golpista de uma MINORIA, mas, rica e poderosa parcela da população venezuelana, inconformada em perder os privilégios que sempre tiveram com os governos anteriores, contra o presidente da Venezuela Hugo Chaves, só porque ele faz um governo favorável à maioria da população que sempre foi explorada naquele país.

Primeiramente, nenhum país e nenhum meio de comunicação tem o direito de intervir em decisões que dizem respeito à soberania de outro país.

Em segundo lugar, nenhum meio de comunicação de massa tem o direito de insuflar a população de seu próprio país ou de outros países a apoiar golpes de estado contra governos eleitos democraticamente.

Em terceiro lugar, nenhuma concessão governamental à iniciativa privada deve ter caráter perpétuo e, a meu ver, toda concessão deve prever sua revogação a qualquer momento.

Notem que, na Venezuela a lei só permite a renovação ou não de uma concessão dos sinais hertezianos na data de encerramento da concessão; foi o que aconteceu com a RCTV. No Brasil essa concessão pode ser revogada a qualquer momento e sem comunicação prévia como foi feito na Venezuela. Ou seja, a Venezuela é mais democrática do que o Brasil.

Em quarto lugar, o famigerado “Direito de Expressão ou de Imprensa” não pode suplantar o direito da população a uma informação imparcial e de qualidade.

Em sexto lugar, quem menos pode falar que o governo venezuelano é antidemocrático são os meios de comunicação de massa que hoje detém noventa e nove por cento das concessões operadas pela iniciativa privada naquele país, sobrando apenas um por cento para o governo.

Se há falta de democracia é no excesso de concessões à iniciativa privada, principalmente em se tratando de meios de formação de opinião que acabam adquirindo um superpoder capaz de “teleguiar pessoas”, destruir culturas e desestabilizar governos.

O encerramento da RCTV terá atingido objetivos além do que se esperava se toda a polêmica gerada no mundo todo levar à criação de leis menos condescendentes do que as atuais com empresas de comunicação de massa que utilizam com má fé os sinais hertezianos que lhe são concedidos como direito de uso.

Mais uma vez, a Venezuela contribui imensamente ao se colocar como modelo e exemplo para um mundo melhor no futuro

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Paz?! Que paz?

“A paz é apenas aparente na sociedade capitalista. Vivemos uma guerra de fato, porém dissimulada, dos ricos contra os pobres, cujo lado pobre, a maioria, sequer imagina que é diariamente massacrado”.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Polítca é para o povo, sim!

Política é para o povo, sim!

A mentalidade oficial sugere, pela voz dos meios de comunicação de massa, que o povo não deve fazer política e que, fazer política é só para os políticos. A disseminação dessa falsa mentalidade só interessa a quem tem o poder nas mãos, mas não quer dividi-lo com o povo; a quem está por cima no sistema capitalista e assim quer continuar sem que seja incomodado pelo enorme contingente de desfavorecidos dessa sociedade injusta. Injusta, por ser capitalista.

Da mesma forma, a mentalidade oficial sugere, por meio dos mesmos veículos de comunicação de massa, que vivemos numa democracia, quando, na realidade, vivemos uma ditadura dos ricos contra os pobres, ou seja, de uma minoria que detém o poder estatal, econômico e de comunicação de massa contra uma maioria que tem apenas e tão somente sua força de trabalho para vender aos ditadores ao preço que eles decidirem pagar. Portanto, essa falsa mentalidade de que vivemos numa sociedade democrática também só interessa aos que tem o poder nas mãos.

Disseminam também que todos somos iguais perante a lei; mas, aí eu pergunto: quem faz as leis? E, eu mesmo respondo: são os mesmos que usam o poder que tem para dar tudo aos amigos e “o rigor da lei” para os outros.

Ameaçam, aterrorizam, intimidam, punem, reprimem as atividades políticas do povo. Disseminam que as únicas atividades políticas possíveis para o povo são, protestar pacificamente e votar, como se apenas nisso se resumisse a democracia, pois sabem que protestos pacíficos e voto não ameaçam a ordem social imposta que sustenta sua ditadura sobre os despossuidos.

Mas, todo esse estado de coisas só é possível porque o enorme contingente de desfavorecidos, sem teto, sem terra, sem escolas, sem saúde, sem justiça, sem política tomam por verdades essas falsas mentalidades oficiais de que o povo não deve participar da política; de que, política é coisa para políticos e ao povo cabe apenas resignar-se; de que os trabalhadores não devem fazer greves, os estudantes não devem ocupar reitorias, e de que os excluídos não devem ocupar terras.

Mortos estão os que acreditam ser possível estar vivos e não fazer política. Quem se cala diante da barbárie capitalista e de suas tantas falsas mentalidades oficiais disseminadas, já está a fazer política, porém é a política do opressor que fazem ao se calarem. Muitos vão além, não se calam, mas tudo que falam é para criticar ou tentar desmotivar os que lutam por todos os oprimidos contra as falsas mentalidades oficiais, ou seja, fazem política ativa contra si mesmos e contra a humanidade.

Pois bem. No exercito de desfavorecidos mudos e distantes da política que a mentalidade oficial sugere, pela voz da imprensa capitalista, muitos preferem permanecer no conforto que suas posições lhes proporcionam; são os que não se solidarizam com colegas que optam por passar da resignação à indignação e da indignação à ação; são os que ainda não perceberam que é impossível estar vivos e não fazer política e que a omissão é, sim, uma atitude política, mas conveniente apenas para quem tem o poder nas mãos; são os que querem tapar o sol com a peneira, fingem não notar as enormes injustiças de um sistema que incita o “ter” mas não permite que todos “tenham”, são aqueles que perderam a capacidade de se indignar com os desmandos dos poderosos que usam o estado para dar tudo aos amigos e “a lei” para os outros.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Laudos trazem indícios de tortura

Perícia realizada pelo IML aponta que ao menos dez dos 19 mortos em operação policial no Rio tinham ferimentos e escoriações

Vítimas receberam 78 tiros no total, 32 deles disparados por trás, o que representa 41,02%; adolescente de 15 anos levou nove disparos

Ferimentos ensangüentados, escoriações e manchas arroxeadas estavam espalhadas pelos corpos de pelo menos dez das 19 vítimas de supostos confrontos entre policiais e traficantes ocorridos no complexo de favelas do Alemão, na zona norte carioca, no dia 27.A informação consta dos laudos cadavéricos produzidos pelo IML (Instituto Médico Legal) e que a Secretaria Estadual de Segurança Pública tem procurado manter em segredo.Para a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), as marcas são mais um indício de que, durante a operação, os policiais podem ter espancado e torturado suspeitos, como acusam parentes e moradores do local.O presidente da comissão, João Tancredo, após analisar os laudos, disse que "já se vislumbra" a hipótese de algumas das vítimas terem sido mortas depois de rendidas. "Estou comparando os laudos com o que dizem os moradores. O prudente é verificarmos o que aconteceu com uma perícia independente, mas já se vislumbra a hipótese de execução."Segundo os laudos, 13 das 19 vítimas receberam tiros por trás. Sete foram baleadas nas costas; duas, no pescoço; uma, na cabeça; uma, na panturrilha esquerda; uma, no braço esquerdo; e uma, no punho esquerdo. A perícia não indica a distância percorrida pelas balas antes de atingir o corpo nem os calibres das armas usadas pelos policiais. Mas, em cinco casos, apontam a presença de pólvora nas bordas dos ferimentos de entrada da bala, o que indicaria proximidade entre quem atirou e quem foi baleado.Dos casos de ferimentos externos não causados por armas de fogo e relacionados nos laudos corporais, o que mais chama a atenção é o de David Souza de Lima, 14. No antebraço esquerdo dele, segundo a perícia, constatou-se a existência de "uma extensa ferida irregular". A profundidade do ferimento deixa à mostra os ossos e a musculatura.Lima foi baleado nas costas quatro vezes. Desde o dia da operação, moradores e parentes dizem que o menino foi esfaqueado antes de morrer. O ferimento no braço dele pode ter sido causado por facadas ou outro objeto perfurocortante.A perícia mostra ainda que as 19 vítimas foram mortas com um total de 78 tiros, sendo 32 deles disparados por trás, o que representa 41,02%. O adolescente Pablo Alves da Silva, 15, recebeu nove disparos, sendo quatro nas costas, dois na cabeça, um no pescoço, um no tórax e no braço direito.As vítimas em que havia ferimentos externos, além de Lima, são Bruno Rodrigues Alves, Cléber Mendes, Geraldo Batista Ribeiro, Marcelo Luiz Madeira, Bruno Vianna Alcântara, Uanderson Ferreira, Emerson Goulart, Jairo César Caetano e Rafael Bernardino da Silva.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Passividade mórbida

Para dizer o português claro, o povo brasileiro padece de uma passividade doentia, sim, a passividade do povo é como uma doença crônica, é doentio o conformismo da maioria explorada diante de tanta corrupção, de tanta omissão, de tantos ataques e desrespeito contra direitos do trabalhadores, estudantes, pobres, pretos, crianças, mulheres, por parte dos governantes eleitos, por parte do judiciário, por parte das religiões e por parte dos meios de comunicação de massa que não passam de meios de formação de opinião direcionados de acordo com seus interesses mesquinhos e gananciosos, diante da miséria total causada por essa elite que detém ditatorialmente o poder econômico, político, judicial, religioso e de imprensa. Essa passividade tem cura, mas depende de cada um despertar-se para a realidade. Se cada um passar do conformismo à indignação, da passividade à ação, podemos construir uma outra sociedade, sem exploração.

sábado, 23 de junho de 2007

Estudantes em movimento!

Nossa força só é forte porque junta
uniu [ela sim!] numa reAÇÃO em cadeia
Brasil adentro
a todoa crítica,
a arte,
a poesia de viver
uni-verso: "no universo da cultura,
o centro está em toda parte"
no novo horizonte, horizontalidade
retomar da língua, do poder da torrea política
que se cria, se transforma
muta numa coisa nova
ainda em formação
processo de fazer-se fazendo
e ser sendo..

NAS UNIVERSIDADES REPRESSÃO, NO CONGRESSO SÓ LADRÃO!



Hoje aqui na USP, cerca de 300 estudantes e funcionários organizaram uma passeata em solidariedade aos estudantes da UNESP presos pela tropa de choque há dois dias. Em plenária a maioria decidiu que a manifestação seguiria pelo entorno da USP, voltando em seguida para o prédio da História onde professores realizavam outro ato contra a repressão aos estudantes da UNESP. Nossa surpresa foi que ainda dentro da USP, antes da rotatória do Portão 1, cerca de 30 PMs da tática fechavam a rua, impedindo nossa passagem. Contra os escudos, a manifestação seguiu empunhando uma faixa com os seguintes dizeres: USP – UNESP – UNICAMP: FORA PM! Frente à absurda situação de impedir que os estudantes e funcionários saíssem da USP, a tropa abriu caminho para nossa passagem. A manifestação seguiu pela Alvarenga, Vital Brasil e depois voltou para a USP. Quando passávamos em frente à rotatória do CEPÊ (centro de práticas esportivas), novamente a PM apareceu, dessa vez, em duas viaturas e várias motos. Quando percebemos a PM, a manifestação parou e, em coro, exigimos que a PM saísse do campus. Eles responderam com gás pimenta e ameaçando jogar as viaturas e as motos sobre os manifestantes. Mas os manifestantes resistiram e uma a uma as motos foram recuando sob duras vaias. Após mais esse tumulto causado pela PM, a manifestação seguiu pacificamente.
O propósito dessa manifestação era denunciar o avanço da repressão nas universidades, em especial, a ação da PM na desocupação da diretoria da UNESP de Araraquara. Por duas vezes, dentro do campus, a PM impediu que a manifestação seguisse; primeiro de sair e depois de voltar! Será essa a nova forma de negociação da Reitora? Quem chamou e quem permitiu que a PM entrasse com motos, cacetetes, escudos e gás pimenta no campus para calar estudantes e funcionários? Sob que pretexto? Causar um embate e vilanizar o nosso direito de livre manifestação?
Força à luta dos estudantes de todo o Brasil!
Solidariedade aos ocupantes da UNESP!
Não à repressão!

Ocupação da reitoria da USP termina e estudantes saem vitoriosos

Após 51 dias, estudantes deixam reitoria em clima de vitória Estudantes da USP desocuparam o prédio da Reitoria, no início da noite dessa sexta-feira, 22Da redação• A desocupação foi definida em assembléia geral, realizada na noite anterior, na qual cerca de 80% dos participantes aprovaram a saída. Na manhã seguinte, foi a vez dois servidores da universidade votarem também pela desocupação.A desocupação ocorreu mediante um recuo da reitora, que aceitou as principais reivindicações da ocupação, entre elas a não-punição de estudantes e funcionários envolvidos na atividade; a manutenção de todos os pontos da última contraproposta da reitoria; a realização de um congresso com pauta única (elaboração de uma estatuinte).Na saída, foi realizado um ato político dos estudantes. A euforia e a alegria da vitória estava estampada no rosto de todos. “Nossa luta arrancou essas conquistas. Nesse 51 dias, enfrentamos de tudo, como as ameaças da tropa de choque. Provamos que é possível lutar e vencer” , desse Elen Ruiz, estudante de História. “A reitora assinou o acordo e a ocupação saiu em ato, o clima foi pra cima... isso tudo foi só o começo...”, descreveu Gabriel Casoni, estudante de Ciências Sociais da USP e militante do PSTU no chat realizado no Portal sobre a ocupação.Houve tumulto quando um jornalista tentou entrar a força dentro do prédio, exatamente quando os estudantes deixavam o local. O dito jornalista empurrou alguns estudantes que reagiram e não o deixaram entrar. A lamentável atitude do jornalista exemplifica como a grande imprensa tratou os ocupantes em todos esses 51 dias: com desrespeito, mentiras, manipulações e calúnias.

terça-feira, 19 de junho de 2007

A necessidade de superação do modelo atual do movimento reivindicatório dos trabalhadores

O movimento sindical e associativo dos trabalhadores no Brasil chegou a um momento histórico de ruptura e reconstrução e engana-se quem pensa que a ruptura deve se dar apenas em termos de mudança de mãos, de governistas pró Lula para não governistas. A ruptura necessária é mais complexa e profunda, pois deve se dar também em termos de concepção de modelo sindical por que temos hoje um movimento sindical atrelado ao estado e a partidos políticos oriundo do modelo “permitido” pelo ex-presidente Getúlio Vargas quando da promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas. Esse modelo sindical em que o Estado têm influência quase total, que, para a época de Vargas pareceu ser um avanço para os trabalhadores, trouxe o germe da degradação sindical que temos hoje. Fez generalizar o surgimento de estruturas sindicais voltadas mais para servir à ascensão de sindicalistas à condição de “políticos profissionais e carreiristas” do que propriamente para defender as necessidades dos trabalhadores frente à exploração dos patrões e dos próprios governos. Essa situação provocou também, gradativamente e inevitavelmente o descrédito, a alienação e o afastamento dos trabalhadores de seus sindicatos, permitiu o achatamento do salário mínimo que hoje vale menos de um terço do que valia quando da sua instituição em 1943, permitiu gradativamente, sem resistência, ataques diários do patronato contra os trabalhadores e, pior ainda, dificultou em muito o surgimento de novas lideranças de trabalhadores o que contribuiu ainda mais para que os “oportunistas sindicais” tivessem caminho livre para atingirem seus objetivos estranhos aos trabalhadores que deveria representar: conscientizar, defender e liderar suas lutas. Na categoria bancária, o exemplo está nos sindicatos, nas associações, federações e confederações, Cutistas ou não, que hoje tomam suas decisões sem consultar a base bancária em assembléias, por medo de serem atropelados e verem suas manobras políticas prejudicadas por essa base que hoje se sente traída. Cabe aos trabalhadores promover essa ruptura e refundar o novo movimento sindical que se faz necessário, com democracia, autonomia, independência, honestidade, transparência e realmente combativo e intransigente na defesa dos trabalhadores.

ARTICULISTA TENDENCIOSO

O artigo do articulista Clovis Rossi da “Folha” em 19/06/07, ao afirmar com nítida satisfação que, o grande “derrotado” na guerra fria foi o socialismo, não se dá conta de que a grande derrotada foi a humanidade que, com a queda dos pseudo-socialismos dos países do leste europeu viu protelada a possibilidade de se instituir uma sociedade mais justa e que a vitória do capitalismo significa a derrota de toda a humanidade.

FORTALECIMENTO DA GREVE NO INCRA E NO IBAMA

Como era de se esperar, a greve dos funcionários do INCRA e do IBAMA cresceu e se fortaleceu após a decisão de Lula de cortar o ponto dos funcionários em greve, contrariamente ao que esperava o governo federal. Isso é mais uma prova de que, quanto maior for a repressão ao direito de greve maior será a indignação dos trabalhadores e maior será a solidariedade dos colegas e setores que não tenham aderido à greve num primeiro momento.

TRUCULENCIA DA REITORA

A recusa da reitora em negociar com os estudantes da USP só reforça a tese de que o que impera na nossa pseudo-democracia é o autoritarismo e não a autoridade, é a ditadura de uma minoria de pretensiosas autoridades sobre uma maioria de “súditos” sem direitos. Está mais do que provado que só poderemos falar que só existirá democracia no Brasil depois que a nossa própria pretensa democracia for democratizada.

MENTIRA DITA AO EXCESSO ACABA POR SE TORNAR PSEUDO VERDADE

É impressionante a facilidade que nossos políticos têm de se corromperem e o descaramento em proteger-se uns aos outros quando são desmascarados. Parece até proposital que criem uma sucessão de fatos escandalosos a partir do momento que um só ato de corrupção é descoberto por dois motivos: para turvar e confundir a discussão sobre o foco que realmente interessa e para transcender as fronteiras do errado até o ponto de se transformar o ato mais ignominioso em uma simples fraqueza humana.

sábado, 16 de junho de 2007

Viva e se reproduza o movimento espontâneo de estudantes e trabalhadores

Não se poderia esperar outra posição do DCE da USP
Mauro Rodrigues de Aguiar 15/06/2007 21:10 mraguiar63@ig.com.br
Hoje, com quase a totalidade dos DCE(s), bem como dos sindicatos e associações (que deveriam ser de defesa das necessidades dos estudantes e trabalhadores) nas mãos de uma "elite" política presa umbilicalmente aos governos e patrões, não se poderia esperar uma posição menos pelega. A salvação do movimento popular está na construção de um novo modelo de direção por fora das instituições viciadas e impregnadas do modelo subserviente e conivente com os desmandos dos "donos do poder". Nesse sentido, o movimento estudantil brasileiro que ora resurge com a ocupação da reitoria da USP está no caminho certo. Abaixo a pseudo democracia. Viva a democracia direta, sem a ingerência de partidos, DCE(s) ou qualquer outra entidade que pretenda se utilizar dos movimentos espontâneos dos estudantes e trabalhadores para, em conseguindo assumir a liderança dos mesmos, perpetuar o modelo que temos hoje, carcomido pelo atrelamento ao poder constituído e pela falta de democracia que temos hoje no interior dessas entidades.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Quando um dia

Quando um dia a raça humana
Toda for comunista
O mundo será melhor
Sem o individualismo capitalista.

Amor será o bem maior
Valor terá o sentimento
O homem não será de outro homem
Motivo de sofrimento

Lula manda cortar ponto dos servidores em greve

15 06 07


Para a maioria das pessoas (por pura ingenuidade ou ignorância política) uma manchete como esta que foi publicada hoje na Folha de São Paulo seria inimaginável. Poucos, mais politizados, menos incautos previram que isso seria possível quando Lula chegasse ao poder. Porem, agora está dado e escancarado a todos, Lula mandou descontar dos salários dos grevistas dos serviços públicos os dias que permanecerem em greve. Como se a culpa pela greve fosse dos grevistas, como se o próprio Lula não tivesse chegado onde chegou graças às greves e manifestações que incitou quando não era presidente, quando era empregado e não patrão. Agora que é presidente da república tornou-se anti grevista, optou por governar para os patrões, não passa de um administrador do sistema capitalista no Brasil e de um feitor do governo norte americano que por sua vez tem a ânsia de subjugar todos os povos do mundo e violentar a soberania de qualquer país que ouse contrariar seus interesses megalomaníacos.

Horrendo crime praticado em nome da “liberdade de imprensa”

15/06/07
Por: Mauro Aguiar

Para iniciar esse texto curto mas suficiente para que o leitor possa iniciar uma refelexão, gostaria de dizer que é uma aberração a defesa da liberdade de imprensa que só atende a uma elite com altíssimo poder econômico e de fazer lóbi junto a políticos. Defendo, portanto a liberdade de expressão, mas não a liberdade de imprensa; salientando que em nenhum dos dois casos defendo a liberdade se não houver responsabilidade e respeito para com a formação moral e cultural da sociedade, portanto, mesmo a liberdade de expressão só é defensável se vier acompanhada de verdadeiro compromisso humano e social.

Agora vou partir para o assunto que realmente me inspiro nesse momento a tratar neste texto e, quem tiver criança em casa saberá identificar exatamente o problema que colocarei.

As propagandas de brinquedos passadas na televisão, aos olhos dos que defendem o socialismo, são verdadeiros atos criminosos cometidos contra indefesas crianças, mas não o são assim considerados para a sociedade capitalista porque é tudo feito em nome do “Deus Mercado”, em nome da reprodução do excludente e desumano sistema capitalista que endemonia os que defendem o sistema socialista que seria um sistema mais justo para a sociedade.

O que pode um trabalhador pobre ou desempregado fazer para minorar sua dor quando um filho pequeno lhe pede um brinquedo que é divulgado na televisão? Como pode esse pobre trabalhador justificar para a inocente criança que seu dinheiro não é suficiente para comprar o tal brinquedo quando até mesmo para comprar um alimento básico ou um remédio para curar a pequena criança de uma febre seus recursos são escassos.

Fora às tropas brasileiras do Haiti

Ocupação militar completa 3 anos



Desde 1 de junho de 2004, o Haiti está sob a ocupação militar de tropas da ONU, encabeçadas pelo exército brasileiro. Longe de cumprir um papel humanitário, a presença das tropas de ocupação da ONU é a expressão da dominação imperialista que sofrem os povos da América Latina.
Os três anos de ocupação militar no Haiti representam uma intervenção que fere a soberania do seu povo. O imperialismo quer explorar ainda mais o país e transformá-lo numa base de exportação dos produtos das grandes empresas multinacionais.
A movimentação do exército brasileiro para invadir o Haiti é a maior desde a segunda guerra mundial. São 1200 efetivos entre soldados e fuzileiros navais, que junto com tropas do Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile, mantêm o território haitiano ocupado.
Diante de tudo isso, os trabalhadores e o povo haitiano estão resistindo contra a presença das tropas. Este ano realizaram uma manifestação com milhares de pessoas, na capital Porto Príncipe, pela retirada imediata das tropas da ONU do país.
Para se somar a essa mobilização, a Conlutas enviará no dia 26 de junho uma delegação de ativistas e entidades que visitará o Haiti, para prestar solidariedade aos trabalhadores haitianos e aumentar a pressão pela retirada das tropas brasileiras.A juventude e os trabalhadores brasileiros tem que entrar nessa luta!
- Que Lula retire imediatamente as tropas brasileiras do Haiti
- Todo apoio a luta do povo haitiano por sua autodeterminação.

Noticia do Granma

Ataques efetivos da resistência iraquiana

BAGDÁ — A resistência iraquiana destruiu, na quarta-feira, 13, uma ponte que une as cidades Tikrit e Kirkuk, no norte do país, sendo o quinto ataque a esse tipo de infra-estrutura nos últimos quatro dias e obstaculizando os translados e operações das tropas estrangeiras e o exército iraquiano, informou a ANSA. Os insurgentes colocaram explosivos debaixo da ponte de Zagitun, situada na província de Salah ad-Din, que é considerada uma passagem importante de uma centena de metros de comprimento. As detonações causaram graves danos, além de interromper o tráfego de pessoas e veículos.

terça-feira, 12 de junho de 2007

O que fizeram com meu povo?

Onde está o senso crítico da sociedade
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

“Uma sociedade que perde seu senso crítico, perde a capacidade de lutar e o mundo perde a perspectiva de um dia se tornar menos injusto, e parece que a classe dominante da sociedade, com seus poderosos aparatos de comunicação de massa já descobriram isso”.

Quando vemos, estampado nos jornais, que uma multidão de três milhões de pessoas se prestam a participar de uma marcha em nome de uma religião cujo casal de líderes estão implicados em crimes financeiros, demonstrando sua adoração mais pelo dinheiro do que pelas questões espirituais que dizem acreditar, com o intuito claro de explorar a fé religiosa de seus seguidores em proveito próprio.

Quando vemos que três milhões participaram de uma passeata de GLBT completamente cooptada pelo sistema capitalista, com objetivos e reivindicações completamente diferentes das que fizeram parte das primeiras dessas passeatas a 11 anos atrás.

Quando vemos que, na Venezuela, milhares de venezuelanos se prestam a protestar contra seu governo por ter este deixado de renovar a concessão de uma rede de televisão com um vasto currículo de crimes contra a própria sociedade venezuelana, aproveitando o enorme poder de comunicação e manipulação de massa de uma concessão que é pública.

Quando vemos que, enquanto valorosos estudantes, professores e funcionários, depois de quatro longos meses de tentativas de diálogo com o governo e com a reitoria da USP sem sucesso sobre o caráter autoritário e excludente dos decretos do governador Jose Serra decidem organizar uma ocupação da reitoria, única alternativa deixada pelos donos do poder para que o diálogo pudesse ser aberto, outros estudantes, professores e funcionários, iguais em tese aos rebelados, se prestam a participar de um movimento contrário aos métodos dos colegas ocupantes sem apontarem outro método alternativo.

Quando todos sabemos que o capitalismo neoliberal faz concentrar cada vez mais a riqueza produzida pelos pobres nas mãos de poucos ricos enquanto entre os trabalhadores que produzem essa riqueza aumenta a fome e a miséria e ainda assim, poucos se dispõem a lutar contra essa injustiça enquanto a maioria dos explorados permanece inerte, passiva e pacífica contribuindo assim para perpetuar e agravar essas injustiças e aprofundar a degradação do ser humano e da natureza.

Quando trabalhamos para produzir a riqueza do estado e do patrão para que estes tenham cada vez mais poder de dominação sobre nós mesmos, quando nos matamos de trabalhar para fortalecer nossos opressores e repressores e, ainda assim, apenas uma minoria se rebela por saber que essa realidade não é imutável, é chegada a hora de a maioria ainda inerte procurar reencontrar seu senso crítico que se perdeu num passado distante, questionar-se sobre seu senso de justiça e sobre sua capacidade e necessidade de lutar coletivamente para mudar a nossa realidade.

Liberdade de imprensa ou ditadura da imprensa

Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Vejo, estarrecido, a completa inversão de valores que a sociedade vive em nossos dias, causada em grande medida pela ditadura dos meios de comunicação de massa, deformadores e não formadores de opinião. Quando alguém como Hugo Chaves tem a coragem que a maioria dos presidentes não tem, de cumprir com sua obrigação de chefe de estado de enfrentar o poderio dos grandes aparatos de comunicação de massa no sentido de preservar a liberdade de pensamento da população de seu país, vê-se atacado por todo o aparato de comunicação mundial e seus puxa-sacos instalados em todas as instâncias dos governos de seus respectivos países. Se for para defender o direito de imprensa ou de expressão, que se discuta profundamente em todos os seus aspectos. Aos menos avisados basta se perguntar que interesses defendem todos os meios de comunicação que hoje se prestam a apenas atacar a decisão legítima de Hugo Chaves de não renovar a concessão à criminosa RCTV ou a qualquer outra concessionária de serviço público que não cumprem com suas obrigações previstas nos contratos de concessão. Não há o mínimo resquício de ditadura nos atos do governo venezuelano.

Ditadura é uma minoria mandar na maioria, ditadura é o meio de comunicação de massa, com todo seu poder de manipular informação determinar o que a maioria deve pensar, deve vestir, deve querer, deve usar, deve comer, deve beber, em quem deve votar. Ditadura é o meio de comunicação de massa exercer todo esse poder capaz de convencer a massa do contrário do que ele realmente defende, é usar todo esse poder para perpetuar-se no poder, isso é ditadura, isso sim fere a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de escolha, fere todos os princípios dos direitos humanos. Ditadura é essa minoria usar esse estrondoso poder para determinar o que a maioria deve ou não saber, as versões dos fatos que a população deve ou não receber. Ditadura é distorcer e omitir informações que são cruciais a formação imparcial da opinião pública. Ditatorial é o ato inconstitucional, é usar com má fé a concessão de um serviço público para envenenar as mentes, é transmitir à população apenas um lado da história, é não mostrar também os motivos, mas apenas as causas dos fatos, é emburrecer e embrutecer propositalmente a população, é usar todo seu poder de persuasão sobre a população para que ela defenda propostas contra elas mesmas para dar uma falsa idéia de vontade popular, é fazer da população massa de manobra para dar golpes de estado e reinstalar governos verdadeiramente ditatoriais que favoreçam apenas a interesses mesquinhos de uma minoria, abastada, gananciosa, pretensiosa e egoísta da sociedade. Diante de tanta informação distorcida, diante de tanta inverdade, diante de tanta manipulação da opinião pública, diante de tantas tentativas de inverter valores morais e ideológicos, não só a RCTV, mas também a Rede Globo no Brasil e qualquer outra concessionária de serviço público deveria ser intimada pelos governos a cumprir com suas obrigações morais e constitucionais sob pena de lhes serem retiradas as concessões e substituídas por quem respeite a maioria é não uma minoria de abastados preocupados apenas em manter seus privilégios e sua ditadura sobre a maioria mais pobre da população.

Vale divulgar aqui as informações que são essenciais para uma formação imparcial da opinião pública, mas que, a nossa antidemocrática imprensa, por má fé contra a maioria das populações não divulga sobre o fato histórico do momento: a não renovação da concessão determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela à RCTV, principal rede nacional de televisão privada daquele país: A justiça da Venezuela já em 2002 tinha todas as razões legais do mundo para revogar a concessão da RCTV quando essa TV participou ativamente no Golpe de Estado que destituiu pela força o presidente Hugo Chaves que foi eleito em 1997, reeleito em 2002, referendado pela maioria do povo venezuelano em 2004 e novamente reeleito em 2007. Vale informar também que no golpe de estado de 2002, as forças golpistas, financiadas pela CIA, cortaram o sinal da TV estatal e empossaram um presidente cujo primeiro ato foi revogar todos os direitos constitucionais da população pobre que antes de Hugo Chaves não haviam e que a restituição de Hugo Chaves ao poder após dois dias seqüestrado pelos golpistas, só aconteceu porque militares leais a ele o resgataram após grande pressão popular em que treze pessoas foram assassinadas pelas forças golpistas. Com o corte do sinal da TV estatal a população só soube o que estava acontecendo por noticiários de TVs estrangeiras, captados por TV a cabo. Vale informar também que o dossiê de denúncias por parte da população por irregularidades na programação da RCTV é enorme e vem desde a sua primeira concessão.

A pergunta não é como será, mas como faremos

“Não devemos nos perguntar COMO SERÁ o mundo em que viverão nossos filhos e netos, mas sim, COMO FAREMOS um mundo melhor para nossos filhos e netos”.

A primeira pergunta nos leva a uma alienação do nosso papel na sociedade, reafirma para o nosso subconsciente que a história não depende das ações humanas, faz parecer que a realidade atual é imutável e que nada podemos fazer para que, no futuro, no mundo não haja a cultura da exploração do homem pelo homem, já assimilada por cada um de nós e arraigada na sociedade atual.

A segunda pergunta nos faz absorver a idéia de que podemos fazer algo para melhorar as relações humanas, que somos os sujeitos e senhores das mudanças históricas, que nada é imutável, que a história depende dos homens e não o contrário e, principalmente que, para o homem produzir, sobreviver e ser feliz, não é necessário destruir a natureza e o próprio homem.

O modelo social atual não é o que queremos para o futuro mesmo porque não haverá futuro, num futuro muito próximo, se não nos conscientizarmos com urgência que precisamos mudar - essa é a primeira convicção que temos que formar em nós mesmos, primeiramente, e depois irradiarmos para o maior número possível de pessoas a começar por aquelas que são do nosso círculo mais próximo de amigos.

Desmentindo a elite reacionária

REESTABELECENDO A VERDADE – 12/06/07
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Por mais ingênua que seja uma pessoa, não há a menor possibilidade de não perceber o exagero e a tendenciosidade do noticiário e das mensagens subliminares (maliciosas) embutidas nas entrelinhas dos jornais e até nas novelas da televisão que “invadem” nossas casas todos os dias a respeito da não renovação da concessão hertziana à RCTV na Venezuela, numa clara campanha golpista de uma MINORIA, mas, rica e poderosa parcela da população venezuelana, inconformada em perder os privilégios que sempre tiveram com os governos anteriores, contra o presidente da Venezuela Hugo Chaves, só porque ele faz um governo favorável à maioria da população que sempre foi explorada naquele país.

Primeiramente, nenhum país e nenhum meio de comunicação tem o direito de intervir em decisões que dizem respeito à soberania de outro país.

Em segundo lugar, nenhum meio de comunicação de massa tem o direito de insuflar a população de seu próprio país ou de outros países a apoiar golpes de estado contra governos eleitos democraticamente.

Em terceiro lugar, nenhuma concessão governamental à iniciativa privada deve ter caráter perpétuo e, a meu ver, toda concessão deve prever sua revogação a qualquer momento. Notem que, na Venezuela a lei só permite a renovação ou não de uma concessão dos sinais hertezianos na data de encerramento da concessão; foi o que aconteceu com a RCTV. No Brasil essa concessão pode ser revogada a qualquer momento e sem comunicação prévia como foi feito na Venezuela. Ou seja, a Venezuela é mais democrática do que o Brasil.

Em quarto lugar, o famigerado “Direito de Expressão ou de Imprensa” não pode suplantar o direito da população a uma informação imparcial e de qualidade.

Em sexto lugar, quem menos pode falar que o governo venezuelano é antidemocrático são os meios de comunicação de massa que hoje detém noventa e nove por cento das concessões operadas pela iniciativa privada naquele país, sobrando apenas um por cento para o governo. Se há falta de democracia é no excesso de concessões à iniciativa privada, principalmente em se tratando de meios de formação de opinião que acabam adquirindo um superpoder capaz de “teleguiar pessoas”, destruir culturas e desestabilizar governos.

O encerramento da RCTV terá atingido objetivos além do que se esperava se toda a polêmica gerada no mundo todo levar à criação de leis menos condescendentes do que as atuais com empresas de comunicação de massa que utilizam com má fé os sinais hertezianos que lhe são concedidos como direito de uso. Mais uma vez, a Venezuela contribui imensamente ao se colocar como modelo e exemplo para um mundo melhor no futuro.